Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

30.9.06

Pessoas

«Quem tem mais de 30 anos, não é bonito, não é magro, não veste assim ou assado... não existe ! Não conta neste mundo que opôe os jovens ao mundo de todos os outros» (Rui de Brito - Publicitário)

«Dentro de cada homem há três pessoas distintas: a que ele pensa ser, a que os outros vêem nele e aquela que ele realmente é» (La Fontaine)

«Há três tipos de pessoas: as que fazem, as que vêm fazer e as que perguntam o que aconteceu» (John Newborn)

«Política é a arte de impedir as pessoas de se meterem naquilo que lhes diz respeito» (Paul Valery)

Lendo o Daily Mail ... em 1937

Neste influente jornal, poder-se ia então ler uma crónica de que se trancreve o seguinte excerto:

"O governo de Hitler promete ser o mais duradouro de quantos tenha visto a Alemanha e a própria Europa. Nele nada existe de instável como ocorre no governo dos países de regime parlamentar, onde um partido intriga contra o outro e onde o Primeiro-ministro não representa senão uma parte da nação dividida.

Hitler provou não ser um demagogo, mas um estadista e um verdadeiro reformador. A Europa não deverá esquecer que graças a ele foi rechaçado de uma vez por todas o comunismo, que com as suas hordas sangrentas, ameaçava em 1932 avassalar todo o Continente.

Que os críticos digam o que queiram, mas não poderão negar que o governo nacional-socialista levou à pratica muitas das ideias de Platão e que o anima uma paixão altruísta ao serviço de ideais elevados: a grandeza da pátria, o estabelecimento da justiça social e uma lealdade imutável no cumprimento do dever, para lá do enorme progresso material que a Alemanha conseguiu nos últimos anos. O número de desocupados que em 1933 chegava a 6.014.000 ficou reduzido a 2.604.000"

Rádio que houve - Rádio que se ouve (1)


Venho de longe, de muito longe, como na bonita canção do José Mário Branco. Venho dos tempos da Emissora Nacional de que era então “estimado ouvinte”. Nesses recuados tempos, a rádio trazia-me a voz de Pedro Moutinho, Maria Leonor, Artur Agostinho, etc. A sua categoria salarial era a de “locutores”. Aposto que nem deviam ganhar bem, embora, fossem enormes talentos para a “animação” de todo o ambiente que envolvia a rádio: reportagem, espectáculos, voz amiga de cabine, etc.

Na altura, - irra, que tempos mais atrasados… – ainda não se tinha inventado a designação de “animadores de rádio”. Pior, as pessoas que se propunham preencher vagas para locutores da rádio, imaginem … tinham que prestar provas de falar impecavelmente português, articular correctamente as palavras e (para cúmulo!), a intolerável e discriminatória exigência de o candidato ter uma voz bonita, radiofónica. Vivia-se em plena Idade Media da rádio.

Mas num dia de Abril isso acabou de vez. Casa limpa já! Tudo para a rua! Locutores, compositores, músicos, interpretes. Xô!

Desses tempos emotivos, não ficou crónica que permita saber concretamente, se também foram janela fora ou directas ao contentor do lixo, as partituras da música reaccionária que, apesar de o ser e nada acrescentar à luta dos povos oprimidos, acabara inexplicavelmente nas Brodway’s desse mundo, contaminando-o com melodias burguesas como “Abril em Portugal”, “Lisboa à Noite”, “Uma Casa Portuguesa” etc.

Aguardando à porta, que toda esta gente saísse da rádio mais as suas tralhas pessoais, alinhava-se para entrar gente nova, progressista, desalienada – baladeiros, cantores de intervenção, intelectuais, animadores culturais e infantis que mostravam às criancinhas a excelência dos desenhos animados feitos na Bulgária etc.. - Todos barbudos e com uma estrela algures no vestuário.

continua ...

29.9.06

Conservadores

O que é conservadorismo? Não é manter o que está velho e provado, contra aquilo que é novo e não experimentado? (A.Lincoln)

Conservador é uma pessoa que nunca é a primeira a fazer qualquer coisa.

Conservador, é um estadista enamorado dos males existentes, ao contrário do liberal que deseja trocá-los por outros. (Ambrose Bierce)

Aquele que diz que um radical pode por vezes ter razão, mas quando isso acontece é por razões erradas, é um conservador.

Portugal - Constituição de 1933

«Não há Estado forte onde o poder executivo o não é, sendo a debilidade deste a sua sujeição ao poder legislativo, - exercido por maiorias variáveis e ocasionais - uma característica geral dos regimes políticos dominados pelo liberalismo, pelo espírito partidário e pelos excessos e desordens do parlamentarismo.»

«O poder executivo formalmente concentrado num Chefe de Estado eleito por sufrágio directo por um período de 7 anos, que responde directa e exclusivamente perante a nação e dotado de poderes para nomear e exonerar livremente - sem qualquer interferência da assembleia legislativa - o chefe do governo e os ministros que só perante eles respondem. A Chefe do Estado tem ainda poderes discricionários de dissolver a Assembleia Nacional ou até de interromper os seus trabalhos, suscitar revisões extraordinárias da Constituição sobre pontos por ele indicados ao parlamento.»

28.9.06

Deus

«Deus gosta de gente doida» (Provérbio afegão)

«Deus não existe e nós (judeus) somos o seu povo eleito» (Woody Allen)

«Deus não tem religião» (Mahatma Gandhi)

«Desconcerta-me tanto pensar que Deus existe como pensar que não existe» (Gabriel Garcia Marquez)

«O homem sempre encontra Deus por detrás de cada porta que a ciência lhe consegue abrir»(Albert Einstein)

Todos tem bolsos..-

Banca: As ligações perigosas

O “lóbi” bancário é muito poderoso. Os fabulosos lucros do sector permitem-lhe atrair algumas das melhores inteligências do pais a todos os níveis organizacionais (..e as pessoas politicamente mais convenientes). Governo após governo, os quadros que ocupam as pastas económicas, na sua esmagadora maioria já exerciam actividade executivas ou como consultores no sector financeiro. São empregados dos banqueiros, a desempenhar temporariamente cargos de Estado.

Porque é assim, aos banqueiros não atrai directamente a política, a luta pelo poder. Eles já o detêm realmente. Limitam-se a disponibilizar temporariamente para cargos públicos alguns dos seus quadros que, com o tempo acabam por regressar ao seio do lóbi que os acolhe, pressupondo que, enquanto governantes, se “portaram bem”. Para quem?

E’ interessante observá-los! Estes senhores, saltitam e vagabundeiam despudoradamente dos bancos para os governos e dos governos novamente para os bancos e seguradoras. Que se pode esperar das suas actividades legislativas, se ocupam os cargos políticos em part-time, mas sempre vestindo a camisola da grande finança?.. Obviamente despachos e leis, que em último rácio, jamais serão desfavoráveis para quem já lhes pagava, e vai novamente faze-lo, no momento em que saírem dos cargos. Tudo isto é Democracia, mas esta tem as suas subtilezas, para já não referirmos o financiamento (encapotado) que a Alta Finança putativamente faz aos partidos do poder.

É por estas e por outras, como o povo diz, que, por exemplo, nenhuma lei nos obrigue a transportar connosco um dístico que evidencie que temos os impostos em dia com o Estado, mas já tenhamos de exibir no automóvel um documento que mostrar que temos os pagamentos em dia com a Seguradora; que o não pagamento de uma letra de câmbio comercial, constitua uma infracção cível, e a falta de pagamento de um cheque Bancário, caia na alçada penal – não há muito tempo estavam na cadeia pessoas por esta infracção que o lóbi bancário conseguiu imputar como crime público.

Mas este sabe muito bem como actuar para as coisas continuem a passar-se convenientemente. As suas ligações perigosas (e porquê perigosas?) com a política, podem ficar-lhe caras, mas são compensadoras.

Algum vez um partido politico vez terá a coragem (a palavra “tomates” estaria mais correcta) de propor uma lei de incompatibilidades que acabe para sempre com esta promiscuidade escandalosa entre os quadros da alta finança e os governos? Claro que nao! Toda a gente tem bolsos...

Portugal: Sugar e matar índios


Esteve, uma vez mais em Portugal, desta vez em na apresentação do seu último trabalho discográfico, “”. Naturalmente teve o acolhimento VIP com que aqui sempre se distinguem os grandes nomes do Brasil e Caetano é um deles. O seu trabalho com a MPB é justamente apreciado. Tem inúmeros admiradores. Os seus discos vendem bem. Durante uma hora foi convidado de um programa de Televisão onde só vão pessoas de destaque em diversas áreas. Gostei de vê-lo ali: inteligente, bom conversador, um sujeito simpático.

Fiquei a interrogar-me sobre quantos portugueses que (como eu) gostam de o ver na TV, compram os seus discos, ou vão entusiasticamente aos seus espectáculos, recordarão que, este mesmo Caetano, é a pessoa que, de forma provavelmente irresistível para ele, e talvez por apelo interior dos seus antecedentes de hippie, esquerdista e vagamente crioulo, de vez em quando, não consegue ultrapassar e deixa vir ao de cima, a tão conhecida relação “amor-ódio” que teimosamente reside no Brasil em relação aos portugueses, ou, mais rigorosamente e para não generalizar, aos colonizadores portugueses.

É dentro desse espírito que registamos declarações deste artista, feitas por ocasião da efeméride que assinalou a chegada de Cabral ao Brasil, esta afirmação: “o que Portugal veio fazer ao Brasil foi sugar, sugar, sugar e matar índios”. Quase ninguém se lembra mais disto. Mas eu lembro e, porque no fundo em regra por aqui não guardamos rancores, continuo a gostar dele – como artista - e a ouvir a sua música.

27.9.06

Memórias do sec.XX - Políticos

“Quando virmos a Alemanha a vencer deveremos ajudar a Rússia e quando a vencedora for a Rússia então é altura de ajudarmos a Alemanha; dessa maneira, matando-se mutuamente, perderão a maior quantidade possível de material humano.
(Harry Truman presidente dos EUA em 1941)

Comunismo uma ova! Por este andar, ainda acabamos é por nos estatelar na democracia.
(Profecia de Victor Cunha Rego em 1975).

O humor de Grouxo Marx

«Desculpem se lhes chamo cavalheiros, mas é que não os conheço muito bem...»

«Não aceito convites para festas para onde são convidados tipos da minha laia.»

«Olhem para mim: caminhei do nada para um estado de pobreza extrema.»

«Há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro, mas custam tanto!...»

«Perdõe senhora, que não me levante.» (Epitáfio no seu túmulo)

Brasil-Portugal. Desgraça ser português?

Portugal hoje aparece no Brasil, de forma inédita, e para surpresa e desconcerto de alguns brasileiros, como um país exportador de investimentos produtivos, alguns em sectores de elevada tecnologia, e não mais como um mero exportador de mão-de-obra pouco qualificada para pequenas empresas de comércio e serviços.

Esta mudança da base material da presença portuguesa no Brasil, embora custe muito a ser digerida por alguns (para o historiador Luís Felipe de Alencastro, por exemplo, o investimento português seria apenas um braço subordinado do capital espanhol, esse sim o verdadeiro actor da História), não deixou de trazer mudanças sensíveis à percepção de Portugal do outro lado do Atlântico. Acresce que a imagem de Portugal como persistência de uma sociedade de Antigo Regime encravada na modernidade europeia, tão cultivada também pela intelectualidade brasileira, mesmo quando solidariamente a denunciava, dificilmente se sustenta face à realidade actual de um país democrático, moderno e integrado na União Europeia.

Convém não esquecer que a imagem de Portugal para os brasileiros foi durante muito tempo a de um país atrasado, arcaico, imune à mudança, ancorado no tempo como uma nau de pedra silenciosa. Para os conservadores autêntico guardião das tradições de que nasceu o Brasil, para os progressistas resumo de tudo o que o Brasil deveria destruir dentro de si para ser verdadeiramente moderno e autenticamente justo, Portugal só era tratado pelos brasileiros como um antepassado.

A comemoração dos 500 anos do “descobrimento” ou “achamento” ou “encontro” dividiu o Brasil. De um lado os que aceitam a herança portuguesa como uma matriz fundadora da identidade brasileira; do outro aqueles que, não podendo negar essa realidade, não se conformam com ela, porque pensam sinceramente que todos os atrasos e as injustiças do Brasil derivaram em linha directa da colonização portuguesa.

Para dar um exemplo, entre os mais notáveis, um livro como "Os Donos do Poder" de Raymundo Faoro, na sua visão fixista da sociedade brasileira, vem tornar mais compreensível a dificuldade que os brasileiros sentem em reconhecer no antigo país colonizador mudanças que muitas vezes não conseguem ver no seu próprio país.

É que o Brasil nunca será “um imenso Portugal”, como cantava Chico Buarque, pela simples razão de que há quase 200 anos que vivemos separados.
Sinopse. Texto de Luis Filipe Castro Mendes -2006

26.9.06

Portugal Sec.XX - Fascismo ... real!

Os fascistas portugueses (1930-32) como os movimentos congéneres da Europa, são revolucionários. Querem uma revolução de 3ª via, contra o capitalismo demo-liberal e a burguesia plutocrática e especulativa. Pretendem reformar radicalmente a organização política do velho estado liberal-capitalista, contrapondo-lhe um estado nacionalista, totalitário, orgânico (hierarquizado, anti-individualista, anti-burguês, anti-maçónico e anti-comunista) e sindicalizado (fruto do agrupamento corporativo do capital produtivo e do trabalho, sob a autoridade arbitral do Estado)

Carreira é ...

Carreira não é caminho!
(Grafiti)

Aquele que faz carreira, ou tem uma mulher atrás de si ou tem as mulheres à sua frente.(Augustina Bessa Luís)

Um homem a fazer carreira não tem tempo a perder com a família nem com os amigos, pois tem de o dedicar todo aos seus inimigos.
(John Oliver Hobbes)

Trabalhando dedicadamente oito horas por dia, talvez acabes em chefe, trabalhando doze horas por dia.
(Robert Frost)

Brasil-Portugal. Réus colonizadores ?!...

(...) a rejeição da cultura ibérica foi assumida por um grande número de historiadores brasileiros como a chave que explicaria todos os atrasos, injustiças e opressões sofridos pelo Brasil. A colonização portuguesa seria o pecado original desta terra, o que lhe vedara o acesso ao paraíso ou os caminhos da modernidade.

Esta ideia encontra-se formulada exemplarmente na obra clássica de Sérgio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil. Todos os obstáculos ao desenvolvimento do Brasil derivariam dos traços de carácter herdados do colonizador português, e contrapostos àqueles que fundamentam o espírito moderno, essencialmente derivados da ética do protestantismo. Daí o grande confronto, obsessivo na cultura brasileira, entre o Brasil e os Estados Unidos, encarados estes, mesmo quando demonizados, como o supremo paradigma. Bandeirantes e Pioneiros de Vianna Moog é a triste elegia a um Brasil que poderia ter sido, um Brasil que se poderia vir a identificar com os Estados Unidos.

Conhecemos a grande obra de interpretação do Brasil antagónica desta visão, que foi a de Gilberto Freyre. Para o autor de Casa Grande e Senzala foi da colonização portuguesa e da escravidão africana que provieram toda a originalidade e a inovação da civilização brasileira, através do processo de miscigenação. Freyre não idealiza o processo colonizador, mas escreve de uma história olhada sem ressentimentos, que o tornam o mais moderno de todos os seus contemporâneos.

Com a notável excepção de Vamireh Chacon, as correntes dominantes do pensamento social brasileiro de tendências mais progressistas tenderam a identificar as teses de Gilberto Freyre com o conservadorismo e a nostalgia de uma sociedade patriarcal e pré-moderna, colocando assim as ideias do mestre de Apicucos como mais um obstáculo ao progresso e à emancipação dos brasileiros. Uma rejeição global que José Guilherme Merquior, grande desmistificador, qualificou um dia de “suprema burrice”.

Sem querer intervir neste debate (porque penso, como Alfredo Bosi, que é uma questão ociosa escolher agora quem teriam sido os melhores colonizadores), julgo necessário interogarmo-nos, em que medida as duas correntes de interpretação aqui demarcadas partilhariam um terreno comum, uma visão que da imagem construída do passado histórico deriva para um olhar intemporal sobre o Outro, o português, e em que medida nós, os portugueses, nos confrontamos ainda e sempre com essa imagem intemporal que de nós foram tecendo os brasileiros no processo de construção da sua própria identidade (a piada de português é apenas a manifestação mais superficial e inocente dessa imagem estereotipada).

Extractos do texto de Luis Filipe Castro Mendes -2006

25.9.06

Esquerda Binária

«A esquerda portuguesa tem importantes limitações históricas. Fruto de uma certa miscigenação ideológica, acabou no maniqueísmo que se lhe conhece: tudo para ela é, digamos, ... Binário! - Exactamente: Zeros ou Uns. Bons ou Maus. Progressistas ou Reaccionários. Comunistas/Socialistas ou Nazis. E não há volta a dar-lhe. É mais uma das nossas questões culturais... Há certas razões para este reducionismo ideológico. As ideias politicas da esquerda, no essencial, sempre foram importadas. Inicialmente da França do Iluminismo, mais recentemente da ex-União Sovietica de Lenine e Estaline, da China de Mao e há poucos anos atrás de novos fornecedores americanos, da terra de Mickey Mouse e do seu “remaque” politico que dava pelo nome de Clinton, de Fidel e por fim de Chavez.»

Opiniões sobre J.F.Kennedy

J.F.Kennedy devia ter sido assassinado quatro anos antes. Por causa dele, no dia 15 de Setembro de 1991, morreram chacinadas mais de 5 mil pessoas às mãos da UPA de Holden Roberto
(General Kaulza de Arriaga)

O título do livro "American Tabloid" é dado por uma folha de imprensa paga pelo milionário amerticano Howard Hughes, chamada "Hush-Hush" destinada a desacreditar políticos de que Hughes não gostava, como J.F.Kennedy por exemplo. O livro desenvolve a tese de que o Presidente teria morrido no momento exacto para garantir a santidade de alguém que em determinada altura "subiu dos esgotos às estrelas"
Livro "American Tabloid" de James Ellroy

J.F.Kennedy não teria sido quem foi se, em vez de ter casado com Jacqueline Bouvier tivesse desposado uma americana baixa e gorda. Rainier nunca seria Rainier (nem o Mónaco seria o Mónaco), se o princípe tivesse escolhido para esposa uma qualquer princesa europeia e não uma famosa actriz do cinema americano.

Bons e Maus da II Guerra Mundial

Os acontecimentos históricos e políticos que a envolveram a II Guerra Mundial marcaram-me. Jamais deixei de me interessar pelo assunto. Li tudo o que encontrei, ouvi, vi, e continuo a ver massivamente, produções daquela verdadeiro departamento de marketing das ideias dominantes nos EUA que é Hollywood, onde os maus e os bons são sempre os do costume.
A Net deu-me acesso a outras fontes de informação. Pude tomar conhecimento com diferentes formas de interpretar e narrar a História daquele período. Fiz pesquisa. Continuo a fazê-la.

São sempre os vencedores que escrevem a História e esta, porque condicionada, tem apenas o valor que tem. Persistem muitas dúvidas. A História do período que antecedeu e se seguiu, aos anos da II Guerra Mundial, não está feita com distanciamento e rigor.


Aquilo de que dispomos, são perspectivas e opiniões de pessoas que, se nuns poucos casos podem ser intelectualmente respeitáveis, na generalidade são elementares emanações do lóbi judaico-americano dominante da grande mídia internacional ou, em contraponto, e sem o recurso às câmaras de eco planetárias de que dispõem os primeiros – a voz dos que contestam essa versão engajada da História, nomeadamente em relação aos seus ícones mais mediáticos: holocausto, câmaras de gás, solução final, Hiroshima, Dresden.

A Hitler, ao Nazismo, ao Fascismo (contemporâneos de uma figura histórica chamada Estaline, muito mais resguardada), atribui-se toda a representatividade do Mal naquela época. Talvez, mesmo dando de barato, o facto de as ideias que, sobretudo, deram corpo ao nacional-socialismo, serem muito mais recuadas na história e no pensamento alemão, ou ainda, que o Mal absoluto e o Bem absoluto nunca foram encontrados em lado algum da humanidade.

Estamos num século diferente. Já é altura de se discutir e procurar a aproximação à verdade sobre estas questões; livremente, sem preconceitos e ignorando as pressões dos grandes lóbies económicos que, sabe-se, sempre convergem para posições próximas das interpretações do sionismo internacional o qual, por sua vez, fez escrever este período da História.


Até que também a amordacem (espere-se para ver…) a Net é ainda o espaço de liberdade que a mídia tradicional (sempre a voz do dono) já não é. Temos direito à verdade, ao rigor histórico. Enquanto o não tivermos, tenhamos ao menos a consciência de que conhecemos só um dos lados desta questão. Que temos uma visão “monocular”. A Natureza contemplou-nos com dois olhos, justamente para que pudéssemos ter uma visão global e abrangente do mundo em que vivemos - hoje e ontem - para melhor perspectivarmos o de amanhã.

24.9.06

Massas são ...

(...) «as massas são um bando animalesco, muito embora os seus membros pessoalmente possam ser pessoas respeitáveis. Na massa o indivíduo dissolve-se, perde a sua personalidade para formar a vontade da massa e entra numa espécie de estado hipnótico.»
(...) «o homem no meio da massa sente-se forte e capaz de coisas que não lhe ocorreriam como indivíduo. Daí a inclinação das massas para a violência.»
(...) «Para as massas deve-se ser um Deus, ou não se é nada...»

in A Psicologia das Multidões (Gustav Le Bom, psicólogo francês 1841-1931, fundador da Psicologia Social)

Os novos conventos

«Eu posso fazer outra forma de futurologia sem receio de me enganar: Como não há recursos disponíveis no planeta para que toda a gente - nem sequer os chineses - possa viver como nós, a médio prazo vamos ter de reduzir os nossos consumos. Talvez não para os niveis do século XVIII mas certamente para muito menos. Isso vai destruir uma parte significativa dos nossos empregos. Não vamos a caminho de uma sociedade de prosperidade crescente, mas para uma sociedade reduzida a consumos muito mais próximos da subsistência. Ou então arranjamos maneira de eliminar dois terços da população mundial - sem ter a certeza de estarmos no terço sobrevivente.

Estamos a viver as últimas décadas de uma certa prosperidade, até que consigamos aprender a gerir os recursos do planeta de forma a podermos reconquistá-la. Se tivermos sorte sobreviverão algumas bolsas de alta tecnologia (os novos conventos, como na Idade Média) que poderão preparar o longínquo renascimento. Com novas formas de energia e com a possibilidade de reciclarmos tudo, talvez venhamos a retomar o caminho da civilização. Mas talvez só no quarto milénio. Felizes, por isso, os que morrerem antes do colapso.»
in Blog Smiramis

23.9.06

Mudanças ...

“Nós comunistas, temos uma posição clara: somos a favor da mudança. Nisso nunca mudámos nem mudaremos nunca !”
(George Marchais - ex lider do Partido Comunista francês)

Muita coisa mudou mas nada aconteceu, ou aconteceu muita coisa e nada mudou?

Mude, antes que seja forçado a isso.
(Princípio da Gestão)

Todas as mudanças sociais tem, como é costume, uma minoria de ganhadores e uma maioria de perdedores, por relativas que sejam as perdas.
(M.Vilaverde Cabral)

Trazer a Greve para o Presente

A greve, ao serviço dos movimentos sindicais, é a principal responsável, durante um determinado período histórico coincidente com o surgimento da Revolução Industrial, pela maior parte das, actualmente chamadas, e muito bem, “conquistas dos trabalhadores”.

Se hoje existe legislação laboral, esquemas de segurança social, contratos colectivos de trabalho, direito à greve e protecção aos grevistas, isso deve-se a uma longa luta do movimento sindical no sentido de obrigar os estados a reconhecer esses direitos laborais e a criar instrumentos de limitação às injustiças do liberalismo económico.

Até aos anos 70, mau grado alguns ciclos recessivos geralmente ligados a determinados eventos históricos, as economias industrializadas viveram períodos de contínuo crescimento e, na prática, em situações onde se verificaram altas taxas de ocupação da mão-de-obra, próximas do pleno emprego. Em tal enquadramento social, trabalhadores e população em geral confundiam-se na prática, não obstante a separação que os movimentos políticos e sindicais de cariz marxista insistiam em fazer. As leis favoraveis aos trabalhadores eram então encaradas como leis de protecção ao cidadão. A maior parte das greves e movimentações laborais contavam, nesses tempos, naturalmente com grande simpatia e adesão popular.

Então, as coisas começaram lentamente a mudar ...

Vieram os choques petrolíferos. Os “tigres” asiáticos embarcaram numa industrialização rápida com custos de mão-de-obra baixíssimos. Vieram os computadores. Os países desenvolvidos lançaram-se numa segunda revolução industrial e desataram a automatizar fábricas. Na indústria, na agricultura e nas pescas o emprego diminuiu drasticamente. O crescimento económico mantinha-se, mas a criação de emprego já não o acompanhava. Em 20 anos a produção na Europa aumenta 80 por cento e o emprego 9 por cento.

O espectro do desemprego começa então a assolar as economias industrializadas. População e trabalhadores passam a representar realidades sociais distintas, com interesses muitas vezes antagónicos. Começa a exigência de partilha do emprego disponível.

Num contexto recessivo do mercado laboral, a greve, como forma de pressão para a obtenção - por parte dos que tem emprego - de melhores salários e regalias sociais, passa a ser encarada como algo que, beneficiando os que tem emprego, vai inexoravelmente reduzir a quantidade de emprego disponível para os que o não têm, e cria desníveis remuneratórios entre os próprios trabalhadores dos sectores socialmente prioritários em relação aos restantes. Surgem protestos pelo facto de as situações emergentes das greves entrarem em conflito com os direitos individuais dos cidadãos.

Volta a ter voga a definição de que dirigente sindical é um trabalhador que já esqueceu o que é o trabalho...

Atávica fuga ao fisco

Os portugueses sempre fugiram aos impostos. Em 1854 o sr. Fontes Pereira de Melo tinha à sua disposição um orgamento proveniente dos impostos de 9.949 contos. Eramos então 4 milhões, o equivalente em valores ao da cidade de Paris. Entretanto no Piemonte (50.000 habitantes) o total dos impostos recolhidos era, para o mesmo ano, de 23.000 contos.

22.9.06

Aristocracia empregada

Espanha: de acordo com uma sondagem do oficial Centro de Informações Sociológicas, o denominado barómetro de Outono, 63 por cento dos inquiridos consideravam que os sindicatos deveriam preocupar-se mais com o aumento dos postos de trabalho do que em melhorar as condições dos que já o têm.

“Os sindicatos tem um objectivo que se pode classificar de comercial e que consiste em valorizar no mercado burguês, o trabalho de uma classe de trabalhadores”
António Gramsci

"Os sindicatos, defensores de uma espécie de aristocracia empregada ( a do vínculo e das regalias sociais), não se preocupam com os que eles próprios designam por excluídos.”
António Barreto

A invenção do sexo

Uma das vitórias da evolução genética foi a invenção do sexo.
O processo de recombinação genética que tem lugar, sempre que dois organismos se cruzam sexualmente, é crucial para o sucesso da nossa evolução biológica. Confere aos organismos que o praticam uma enorme vantagem selectiva sobre os organismos assexuados que se reproduzem por duplicação.

Palestina - Um saco de gatos

»Em 1977, em Jerusalém, tendo-lhe observado que mais cedo ou mais tarde os judeus teriam de partilhar Jerusalém com os palestinianos, um funcionário do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita atirou-me:
- "Nunca! Não esqueça que esta terra nos foi dada por Deus há três mil anos!"
(...) Já antes me tinha confessado que era ateu...»

De facto, sobretudo desde a fundação do Estado judaico, há dois povos com a consciência de que a Palestina lhes pertence, respectivamente, há três mil e quase 1400 anos:
- os judeus reportam-se ao reino de David e Salomão - ano 1000 a. C.
- os palestinianos à conquista pelos árabes em 636 d. C.

Simples (!!!), não acha?

21.9.06

Recortado

«Esquecer-se-á, então, que o Bloco (de Esquerda) odeia a NATO; que não desiste de pulverizar a família com a banalização do aborto e a legalização do casamento gay; que pretende implodir a coesão nacional atribuindo a nacionalidade na base do jus solis a massas de estrangeiros falando guturalmente português e que procura tornar uma das legislações laborais mais rígidas da Europa na "extrema-unção" do capitalismo nacional e do investimento estrangeiro, com a revogação do Código do Trabalho.»
Fonte: Cronista - D.N. 10-05-05

Nataschas, Madonas, Virgens e dinheiro

Por pura intuição sinto uma irreprimível desconfiança em relação a esta menina austríaca que esteve sequestrada 8 anos. Algo me diz que estamos perante uma história mal contada.

Então a jovem (Natascha Kampush de seu nome), que – ao que diz – até tinha liberdade para ir ao jardim -, esteve 8 (oito) anos à espera de uma oportunidade para fugir? Bah! Estão-nos fazendo “bancar o tonto” como dizia o meu professor espanhol.

E o que faz Natasha uma vez “liberta”? Dá uma entrevista em exclusivo a uma TV por 1 milhão e euros, prepara-se para receber uma indemnização de 700.000€ e para vender a sua história ao cinema, por mais 1 milhão de euros.

Posso enganar-me mas, aconteça aqui o que tenha acontecido e durante que tempo, de forma voluntária (Síndrome de Estocolmo) ou parcialmente coagida, aqui e agora, parece-me estar frente a um golpe publicitário cuidadosamente planeado e de rentabilidade assegurada.

Por associação de ideias ocorre-me, aqui há uns anos, que o lançamento mundial da pop-star Madona, foi então precedido por uma enorme campanha de marketing que insinuava que a figurona era virgem. Apelava para sensibilidades muito íntimas das pessoas. Lembram-se? Valeu a pena! Aí está ela em plena e frutuosa carreira, apesar do modesto talento que possui.

Decididamente esta história do sequestro, eu não a compro.

Não tirem os cadeados!

Sazonalidade: o verão termina, vão seguir-se as vindimas, as castanhas, a azeitona… e a contestação nas escolas. Nesta última, vêm impondo-se como ícone: a corrente e o cadeado, utilizados para fechar a escola local.

Do lado de fora, um grupo de mulheres aos guinchos histéricos e uns fulanos que se dizem da associação de pais, cruzam os braços desafiadoramente e proclamam: Não vai haver escola para ninguém! Pimba!

Na verdade trata-se de uma greve original – os grevistas são os alunos, embora indirectamente e através dos seus progenitores – com “ocupação das instalações” segundo o clássico "look" do sindicalismo radical.

O clamor chega à redacção das TVs e aí temos todo este pessoal façanhudo perante as Câmaras, ameaçando que “a escola não abre” até que o Ministro, o… Presidente da República ou o Secretário Geral da ONU vá lá para resolver o problema ... da falta de sal na comida da cantina ou da ausência da faxineira por doença.

Eu, que propriamente não por aí a exibir um cachecol de torcedor da democracia numérica, embora a respeite, custa-me assistir a este tipo de permissividade e achincalhamento em que se deixa cair a autoridade do Estado, responsável pelo cumprimento da lei de todos nós. É um pouco da nossa dignidade colectiva que está ser espezinhada em cada uma daquelas correntes e cadeados.

Se aquela gente tem alguma razão – e muitas vezes até a terão – perdem-na na forma de acção que escolhem – escolhem?!, qual escolhem! Limitam-se a macaquear sem qualquer originalidade o que vão vendo por esse país fora em crescendo.

Basta olhar para ver que, em contraponto com esta bagunça que iguala e rebaixa para o mesmo nível os “barafustantes” da escola e os “estadistas”, há alguns exemplos de posturas éticas: quando um estado recusa negociar com sequestradores, com rebeldes, com grevistas enquanto tais, está no bom caminho. Quando manda apressadamente, um burocratazito regional para “dialogar” com os transgressores da ordem, está a capitular, a chafurdar e a salpicar-nos todos de lama.

Faça-se regressar a dignidade a estes locais. Fecharam a escola a cadeado? Legisle-se, para que em situações destas uma escola não possa reabrir antes de decorridos vários meses, “evacuando” os alunos inocentes para escolas de proximidade, enquanto se abre um inquérito às queixas e também à autoria material do acto É uma questão de dignidade e respeito pela ordem pública.

20.9.06

Atribuido a Oscar Wild

- «Que um homem morra por uma causa, nada significa quanto ao valor em si da causa»
- «Devemos ser modestos e lembrar-nos de que os outros são inferiores a nós»
- «Que Deus me poupe das dores físicas, que das morais trato eu»
- «Apenas não pagando as dívidas se consegue viver na memória dos homens de negócios»
- «Se alguém diz a verdade, pode estar certo que, mais tarde ou mais cedo, será descoberto»
- «Há apenas duas espécies de mulheres: as simples e as pintadas»
- «Um homem pode viver feliz com qualquer mulher desde que não a ame»

Não perca, a seguir… Violência Doméstica

Está obrigatoriamente no alinhamento dos noticiário, porque é um tema forte e obrigatório que segura as audiências: as mulheres maltratadas.

Nas nossas telas, colocam-nos (sem identificação possível da pessoa para preservar a sua intimidade – será?...) o que dizem ser mais uma mulher maltratada, ou agredida, ou assediada sexualmente… por homens.

Há poucos dias, uma destas desgraçadas senhoras (em voz-off) queixa-se amargamente do seu último casamento – por acaso o quinto: - “A certa alura ele dirigiu-se a mim eu deu-me simultaneamente duas bofetadas!»

(??? Fiquei a interrogar-me imenso tempo sobre como se podem dar duas bofetadas “simultaneamente” em alguém. Ainda não percebi, mas tenho uma teoria – só podem ter sido dadas ao mesmo tempo com a mão esquerda e a direita “ploff”.) Mas a isto não se chama bofetada, pois não? Quem sabe, poderia ser uma técnica desenvolvida por este quinto marido…

Não tenho dúvidas que nalguns casos estaremos perante encenações com figurantes, que recebem efeitos especiais de maquilhagem, e cachet. Noutros lamentavelmente, estaremos realmente perante a obra de brutos e psicopatas, para quem a justiça deve encontrar o lugar adequado.

Mais nos segundos do que nos primeiros (porque o show-business tem os seus métodos), eu gostava igualmente de, em paralelo com os relatos pungentes e terríficos daquelas mulheres, ver também por ali o contraditório, a outra parte. O meu juízo sairia enriquecido da peça televisiva se pudesse ver, senão a cara, ao menos a voz-off do presumível agressor, que, se estamos perante casos reais, vai ter que as apresentar as suas razões perante o tribunal.

Mas não aqui. Isto está feito para evidenciar uma comprovada vítima (mulher) e um comprovado agressor (homem) nesse momento convenientemente ausente. Ainda bem que os tribunais não funcionam com esta leviandade. As peças televisivas são complementadas com as banalidades de um qualquer “psicólogo” e por fim, a palavra fica com a representante da uma qualquer organização “Mulheres Coitadinhas ONG” para debitar os dislates da praxe.. Tudo isto é jornalismo no feminino ou, talvez mais exactamente, feminismo no jornalismo. Peça seguinte no alinhamento …

E eu fico a pensar... Será que isto é mesmo real e alguma epidemia de violência masculina descambou de repente por aí, como se os homens tivessem começado a snifar testosterona (de que alguns tanto carecem) a torto e a direito? Será que isto sempre existiu e agora tem uma nova visibilidade, porque as fulanas das tais ONG dantes tinham mesmo que trabalhar, ou será que alguém está – sabe-se lá com que intenções, a “criar” mais uma acha para a fogueira para onde actualmente como lémures, se encaminham os homens?

Queridas feministas ...

Uma pequena amostra do actual pensamento feminista:

- "Todos os homens são violadores, e é tudo o que são"

(Marilyn French - escritora feminista)

- "A percentagem de homens deve ser reduzida e mantida em cerca de 10% da raça humana"
(Sally Miller Gearhat - feminista)

- "As mulheres que querem ser iguais aos homens sao pouco ambiciosas"
(Slogan de um Movimento Feminista dos EUA)

"O sonho do homem é «consumir» mulheres. Quantas mais, melhor"
(feminista)

"Uma mulher liberada é aquela que tem sexo antes do casamento e um trabalho depois."
(Gloria Steinem - Feminista americana)


Na França, duas escritoras e uma actriz criam a partir de Dezembro de 1999 uma nova associação feminista. Nome escolhido: “Cadelas de Guarda”.

19.9.06

Memória - Bancos

Havia em Portugal 15 bancos em 1870, mas em 1876 já eram 52, com caixas e filiais espalhadas pelo país. Já por essa altura os moralistas das finanças reclamavam que se pusesse termo à "excessiva liberdade comercial", incitando o Estado a policiar o capitalismo.
Em 1874 um decreto restabelecia a necessidade de autorização prévia para a criação de Bancos e a obrigatoriedade (pouco cumprida), da publicação de balancetes no Diário do Governo.

Gente

Marx e Engels idealizaram num homem novo. O capitalismo criou-o.
Aí está ele: repete automaticamente o que a TV lhe meteu na cabeça, come pessimamente, veste ainda pior, vota em conformidade, não perde um show desde que meta piadas obcenas, continua a insistir em chamar sua à casa e ao automóvel, que realmente fazem parte dos activos de um qualquer banco e espera, ambiciona sobretudo, ainda um dia ser chamado para um concurso ou ganhar o loto. Vive feliz.

Era Uma Vez na América

Os três americanos caminhavam pela praia quando tropeçaram na garrafa.
Ao abri-la soltaram um Génio que ali estava aprisionado há milhões de anos.
Agradecido, o génio convida cada um a formular um pedido que ele imediatamente satisfaria.
O primeiro a falar, um judeu, pediu que o seu povo pudesse ir para a Terra Santa.
O Génio acedeu.
O segundo, um negro, pediu que o seu povo voltasse para Africa. O Génio concordou.
O terceiro, um branco, olhou para o génio e perguntou:
- “É verdade que os judeus já foram todos para a Terra Santa e os pretos para África ?” O Génio respondeu afirmativamente.
- “Então eu quero um martini !”

O direito ao lixo

A questão da reciclagem dos 4 milhões de toneladas de lixo que produzimos em Portugal (2000) conduz às mais inflamadas tensões locais em todo o País. As lixeiras transformaram-se naquilo que os cemitérios foram para a Maria da Fonte. Mal a expressão lixeira ou aterro é pronunciada numa localidade, dispara de imediato um clima de rebelião. Contrariamente ao que ainda por cá se pensa o “direito ao lixo”, ou seja, o de produzirmos o lixo que entendermos, não é realmente um direito de que poderemos usar diariamente esperando que alguém o leve para bem longe da nossa vista e do nosso nariz.

Uma taxa para a especulação

A taxa Tobin deve o seu nome a James Tobin, professor da Universidade de Yale e Prémio Nobel da Economia em 1981, que pela primeira vez propôs a criação de um instrumento contra as operações de câmbio de natureza especulativa. Consiste originariamente numa cobrança de valor uniforme - para a qual o próprio Tobin sugeriu uma taxa de 0,2 por cento, 0,5 por cento ou 1 por cento - sobre toda a conversão de uma moeda noutra.

Mesmo que fosse fixada a uma taxa particularmente baixa de 0,05 por cento, a taxa Tobin, para além da sua função anti-especulativa, permitiria recolher cerca de 4 milhões de euros por ano, que poderiam ser utilizados na luta contra as desigualdades, pela promoção da saúde pública e da educação nos países pobres, pela segurança alimentar e o desenvolvimento durável.

18.9.06

Não se fazem mais revistas como antigamente

Por gentileza da Sónia R. transcrevo, de revistas femininas dos anos 50 e 60, alguns "conselhos" ali inseridos destinados às raparigas e moças da época:

- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho e provas de afeto.
- A desordem num banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.
- A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
- Se o seu marido fuma, não crie conflito pelo simples fato de cairem cinzas no tapete. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
- A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma Mulher por não ter resistido às experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara.
- Mesmo que um homem consiga "divertir-se" com sua namorada ou noiva, naVerdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.
- O noivado longo é um perigo.
- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
- O lugar da Mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.

Fonte: Revista Cláudia (1962), Jornal das Moças (1957/59), Revista Querida (1953/54)

Canal da Memória - Atentados

Um pouco à imagem do que acontece um pouco por todo o nundo nos nossos dias, em 1915 Portugal vivia tanbém em plena psicose do atentado; tal leva Afonso Costa a lançar-se em pânico pela janela de um eléctrico onde viaja, ao confundir com uma bomba o disparo dos disjuntores do veículo.

Uma medida (de Costa Cabral - 1846) que provocou a reacção indignada dos povos rurais foi a que proibia os enterramentos dentro das igrejas; enterrar cristãos em covas, no descampado, aparecia como uma ofensa sacrílega e um atentado à dignidade humana. Ao mesmo tempo iniciava-se o cadastro da propriedade rústica , base indispensável para o lançamento da contribuição predial. (génese da revolta da Maria da Fonte)

Um certo retrato da América (conclusão)

(...) Também há que ter cuidado com as mulheres, visto que Ms tem vindo a substituir preferencialmente Mrs. ou Miss.

Nos EUA não temos cidadãos ignorantes mas apenas culturalmente carenciados ou desfavorecidos. Outrora as crianças excepcionais eram as invulgarmente inteligentes. Neste momento a palavra empresta dignidade às que são excepcionais devido às suas deficiências.

Em 1990 o Smith College Office of Student Affairs definia o termo ableism como opressão dos diferentemente capazes. Lookism é o pecado de julgar a pessoa pelo seu aspecto físico. Feministas atribuem o rótulo de “manglish” (equivalente a hominglês) à língua inglesa tal como é uitilizada pelos homens na perspectiva da superioridade masculina.

Para respeitar as susceptibilidades femininas, será que a respeitável instituição universitária designada por “seminário” deve ser rebatizada com a designação de “ovulário”? Tenho sido muito criticado por dizer “o homem” quando me refiro à humanidade. Têm-me dito que a palavra inglesa para mulher – woman – deveria escrever-se womin para evitar a ofensiva inclusão do referente masculino man.

(...) Esta era de consciência hipertrofiada criou também problemas às nossas políticas tradicionais de governo maioritário. Corremos o risco de nos transformarmos numa nação de minorias, em vez de maiorias. A definição de minoria é cada vez mais vaga e enganosa. As mulheres, embora constituam na verdade a maioria da nossa população, adquiriram a dignidade e as pretensões de uma minoria, enquanto os judeus, não se sabe bem porquê, parecem tê-las perdido.

Sinopse do livro "O Nariz de Cleópatra" - Daniel J. Boorstin

17.9.06

Memória do sec.XX

A conspiração do elevador

No elevador que, em Lisboa sobe do Largo do Município para o Largo da Biblioteca, foram presos, entre outros, Afonso Costa, Egas Moniz e o Visconde da Ribeira Brava. O objectivo da revolta que estes encabeçavam, era assaltar a Câmara Municipal com a ajuda de populares, para ali proclamar a República. Os conspiradores contavam ainda com a colaboração activa de dissidentes monárquicos, anarquistas, maçons e gente da Carbonária. Ao todo foram presas 120 pessoas. O calendário indicava o dia 28 de Janeiro de 1908.

Fonte: Diário Histórico de Portugal - José Hermano Saraiva e Maria Luisa Guerra

Senso comum

«Chato é um sugeito que faz a você uma pergunta, ele mesmo responde e logo começa a provar que você está redondamente enganado».
(Millôr Fernandes)

«Democracia é um sistema em que as autoridades não se importam com o que você diz, desde que tenham meios de impedir que você o faça»
(Millôr Fernandes)

«Os homens não são iguais, são apenas feitos da mesma maneira»
(Millôr Fernandes)

«O Brasil só cresce à noite, quando os políticos estão dormindo»

Um certo retrato da América

(...) os casos de consciência que exacerbam a vida política americana não dão sinais de diminuírem num futuro próximo. Além disso, estas questões de consciência não são imaginárias. Pelo contrário, estão profundamente enraizadas em injustiças passadas: negros escravizados, homossexuais rejeitados e tratados como criminosos; mulheres privadas de oportunidades de realização profissional, índios expulsos das suas terras, deficientes a quem foi negado emprego. Hoje em dia, nós, americanos, tendemos a desbravar e explorar as fronteiras da consciência tal como no sécculo XIX desbravamos e exploramos os recursos físicos do nosso vasto continente…

(...) os defensores dos direitos das crianças chamaram a atenção do público para os maus-tratos infantis e chegaram a criar vias judiciais para as crianças poderem instaurar processos aos pais. Os processos por violência sexual, real ou forjada, são por vezes sustentados por testemunhos de credibilidade duvidosa.

(...) Ninguém pode adivinhar quais serão os próximos casos de consciência a agitar as paixões políticas dos Americanos. Muitos pensaram que o Civil Rights Act de 1964 representasse o clímax do movimento pelos direitos. Mas revelou-se apenas um sintoma daquilo que se tormaria uma hipersensibilidade quase patológica. Recentemente esta protecção foi alargada passando a incluir direitos nebulosos, perigosamente vagos e difíceis de definir, como os direitos das mulheres (e dos homens) à ausência de assédio sexual.

(...) Este novo moralismo americano, este renascimento da consciência, tem tido efeitos na nossa cultura e nos nossos padrões intelectuais e estéticos. O nosso vocabulário tem sido revisto e ampliado.

(...) a palavra negro tornou-se subitamente tabu e não tardou a ser substituída pelo termo afro-americano… alguns dos novos americanos já exigiam ser tratados como qualquer coisa hífen-americanos.

(...) Embora tenhamos escapado a muitos males do velho continente – guerras religiosas e linguísticas, diferenças de classe hereditárias – alguns cidadãos parecem prestes a transformar-nos numa América balcânica.


Sinopse do livro O Nariz de Cleópatra - Daniel J. Boorstin

Capital parasitário

A actividade financeira faz o sector ganhar muito dinheiro mas não cria riqueza e, no essencial, resume-se a isto: Fazer dinheiro, depois fazer dinheiro com dinheiro, depois fazer muito dinheiro com muito dinheiro.
(Paul Erdman)

A maneira como os bancos ganham dinheiro é tão simples que é repugnante.
(John K. Galbraith)

Um Banco é como alguém que te empresta um chapéu de chuva quando faz sol, e to tira quando começa a chover.
(Mark Twain)

16.9.06

Memória do sec.XX

A questão religiosa na actualidade

Abril de 1901: Os meios anticlericais levantam violenta campanha na imprensa e na Câmara dos Deputados contra o aumento de ordens religiosas. Jesuítas e outras 14 instituições mantêm colégios, asilos, hospitais, seminários e escolas de ofícios. Um decreto obriga esses organismos a apresentar estatutos. Só são autorizadas a fixar-se no país as congregações que se dediquem ao ensino ou à assistência

Fonte: Diário Histórico de Portugal - José Hermano Saraiva e Maria Luisa Guerra

Instantâneos

«Tudo acontece por acaso? Espero bem que não, porque se um dia o acaso morrer, estamos todos lixados»

«Há um efeito de alavanca positivo que favorece os mais fortes, e um efeito de alavanca negativo que martela para baixo os mais fracos»
(Belmiro de Azevêdo - empresário)

«Os ambientalistas são uma pequena franja ruidosa, de extremistas românticos hostis a tudo quanto não sejam as tecnologias mais primitivas e o trabalho manual. Gente, na sua maioria da classe média, que fantasiam o regresso a um mundo, que a maior parte de nós - e eles, acharia detestável»

Polícias políticas em Portugal (II)

... continuado
À Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (PVDE) cabe a prevenção e repressão dos crimes de natureza política e social, tendo poderes para prender e instruir processos, que envia para o Tribunal Militar Especial. Em Outubro de 1945 é criada a Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), concebida como organismo autónomo de Polícia Judiciária, evocando-se o modelo da Scotland Yard..

Em 45, com o fim da Guerra, a PIDE, mantém realmente todos os poderes judiciais. Da instrução à prisão, passando pelos tribunais, que se tornam civis (são criados os tribunais plenários criminais, dependentes do Ministério da Justiça), mas cujos juízes são nomeados pelo governo.

A polícia perde o seu carácter secreto, no sentido em que os actos da polícia passam a ser actos públicos. Teoricamente, é introduzido o "habeas corpus". O tempo de prisão sem culpa formada, anteriormente de oito dias segundo o Código de Processo Penal, é aumentado para três meses e pode ser alargado a mais duas etapas de 45 dias.

Em 1956, culminando uma tendência que vem desde 1947, a polícia política passa a poder aplicar as chamadas "medidas de segurança", que permitiam manter os arguidos na prisão mesmo, desde que continuem a revelar-se perigosos.

Em Novembro de 1969 um decreto-lei, já com Marcelo Caetano no poder, procedeu à mudança de nome da PIDE para Direcção-Geral de Segurança (DGS). Foi "no claro intuito de limpar um nome demasiadamente mal visto pela opinião pública", escreve Braga da Cruz, acrescentando que numa primeira reunião do Conselho de Ministros Marcelo Caetano terá dado instruções para que os órgãos de segurança evitassem o mais possível o recurso à força. A prisão preventiva foi diminuída para três meses e as medidas de segurança abolidas no Continente, mas não no Ultramar. Por alturas da sua extinção a DGS tinha cerca de 3.000 funcionários. Em 1933 a polícia política de então empregava 100 pessoas.

Sinopse. Fonte: Jornal PÚBLICO.

15.9.06

Todos eram judeus

Revolução inglesa (1640-1660)

Esta Revolução dirigiu-se contra Carlos I e Jaime II e determinou a privatização do Banco de Inglaterra. Tal privatização fez cair nas mãos da oligarquia financeira o controlo da vida económica. Quem financiou esta revolução? Os banqueiros internacionais Fernandez Carvajal, Ebenezer Pratt, Manassem-Ben-Israel, Salomón Medina Suasso e Moisés Machado.
Todos eram judeus!


Revolução francesa (1789)

Guilhotinou Luís XVI e milhares de outros aristocratas, proibiu as associações de trabalhadores (grémios), instaurou o sistema de partidos políticos, gerou a miséria e o proletariado. Resultou da acção e financiamento da alta finança: Banco Rothschild-Mendelssohn, Moisés Mocatta, Benjamin Goldsmith, Moisés Montifiori, Abraham Goldsmith, Daniel Itsig, David Friedlander e Banca Herz Cerfheer. Todos Judeus!


Revolução Bolchevista (1917)

Criou e promoveu a luta de classes, a exploração do homem pelo Estado, o terrorismo instituído e a perseguição implacável ao cristianismo. Os criadores e financiadores de mais esta tragédia foram novamente a alta finança judaica: Banca Schiff, Banca Kuhn Loeb & Co., Banca Max Warburg, Nye Banken, Banca Lazard Freres, Banco Guinsburg, Banca Speyer & Co., etc.

Escrito no tempo

Para um governante são piores as asneiras que diz, do que as que faz.
(Cardeal de Retz)

Ninguém está livre de dizer asneiras: o imperdoável é dizê-las com solenidade.
(Montaigne)

Canal da Memória

Polícia Política em Portugal (I)

A antepassada das várias polícias políticas que existiram em Portugal até 1974, é uma criação de Sidónio Pais em 1917: a Polícia Preventiva. A este novo corpo é dada a capacidade para "prender ou deter suspeitos ou implicados em crimes políticos ou sociais".

Sidónio Pais, o 4º Presidente da 1ª República, é assassinado em Dezembro de 1918. Após o atentado a Polícia Preventiva passa a chamar-se Polícia de Segurança do Estado; em Fevereiro de 1922 adopta o nome de Polícia de Defesa Social e em Outubro de 1922, o de Polícia Preventiva e de Segurança do Estado.

É agora uma polícia secreta, mas perde os poderes de instrução penal e mesmo de detenção, que são competência da Polícia de Investigação Criminal. Uma polícia com estas características é aquela que encontramos em Portugal quando eclode a revolução de 28 de Maio de 1926, que teria como emanação, o Estado Novo.

O novo poder extingue-a e as suas competências passam para a Polícia de Investigação Criminal (PIC). Paralelamente são depois criadas as polícias de informações de Lisboa (1926) e do Porto (1927), unificadas em Março de 1928. Esta polícia, por sua vez, é extinta em Junho de 1931, sendo as suas competências transferidas para a Polícia de Segurança Pública.

Em Maio de 1932, os serviços da PSP que correspondiam à antiga Polícia de Informações passam para a Secção de Vigilância Política e Social criada na PIC, e, pela primeira vez, as funções de prevenção e repressão de crimes políticos estão concentrados num mesmo organismo. Em 5 de Dezembro de 1932, é criado um Tribunal Militar Especial com a função de julgar os crimes políticos e sociais.

Em Janeiro de 1933 é formada, como organismo autónomo, a Polícia de Defesa Política e Social. Está-se a três meses da promulgação da nova Constituição, em Abril de 1933, e surge, um par de meses depois, em Agosto, a Polícia de Vigilância e de Defesa do Estado (PVDE). Assim, a primeira polícia política do regime já constitucionalizado, surge através da fusão da Polícia de Defesa Política e Social e da Polícia Internacional Portuguesa. (continua)

Album de Recortes

"A xenofobia é normal no homem, mas o que temos que fazer, é aprender a viver neste mundo todos juntos."
(Guy Soman - Escritor e economista francês)

"Um grupo social que não sinta qualquer hostilidade para com estrangeiros e estranhos, também perdeu toda a consciência de grupo e a sua própria cultura."
(Robert Hepp - Sociólogo da Universidade de Osnabruck)

"Xenofobia quer dizer aversão a outras raças e culturas . Muitas vezes é característica de um nacionalismo excessivo. A xenofobia é um medo intensivo, descontrolado e desmedido em relação a pessoas ou grupos diferentes, com os quais o indivíduo que apresenta xenofobia habitualmente não entra em contacto."
(Wikipédia)

Reflexões

A analogia da actual cultura ocidental com a antiga mostra que estamos a entrar na última fase, talvez a que corresponde ao fim da Antiguidade. A cultura das grandes cidade é paralela a Alexandria e aos últimos tempos de Roma: formigueiros de massas, predomínio de tipos inferiores, intelectualismo, cepticismo, mau gosto, busca do prazer e utilitarismo, soberania do dinheiro - alguns dos indícios comuns.
(Oswald Spengler - Lei Vital das Culturas)

14.9.06

Lido por aí...

«Até hoje ninguém provou a superioridade da repressão sobre a persuasão. ...Nem o contrário»

«Nós (árabes) possuímos uma arma secreta, da qual nós sabemos servir-nos melhor do que de canhões e de metralhadoras, e essa arma é o tempo. Enquanto não estabelecermos a paz com os sionistas, a guerra não está acabada e enquanto a guerra não estiver acabada não há vencedores nem vencidos»
(Fonte: Secretário da Liga Árabe em entrevista)

«Durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, um húngaro encontra um amigo na rua. Vendo-o muito sorridente, pergunta-lhe porque está tão feliz.
“ - Ouvi dizer que os israelitas abateram hoje seis caças MIG de fabrico soviético”, responde o outro. No dia seguinte os dois voltam a encontrar-se, desta vez o amigo está ainda mais radiante:
“ - Os israelitas abateram mais oito MIGs”, conta ele. No terceiro dia o amigo está agora cabisbaixo. “Então? Os israelitas não abateram mais nenhum MIG?”, pergunta o outro tentando perceber a razão da tristeza.
“ - Abateram sim, mas hoje explicaram-me que os israelitas são judeus.”
(Fonte: comentador pró-israelita)

Escrito no tempo

A multidão psicológica não pode acumular a inteligência, mas apenas a irresponsabilidade e a mediocridade. O homogéneo absorve o heterogéneo e as qualidades inconscientes passam a dominar.
(Ortega y Gassett)

Não tenho medo da morte. Só quero que quando ela chegar, eu não esteja por perto.
(Woody Allen)

13.9.06

Grevistas de todo o mundo, uni-vos!

O vosso estado de graça pode acabar

Vejamos: se os trabalhadores que fazem a recolha dos lixos urbanos, os que asseguram o fornecimento de energia eléctrica, de água potável, de telecomunicações, dos transportes, ou os de qualquer actividade socialmente prioritária entrarem em greve, imediatamente se levantará um tal clamor público, que, as suas exigências têm todas as probabilidades de ser integralmente e imediatamente satisfeitas.

A razão disto, está no facto de que as greves destes trabalhadores não são dirigidas contra quem lhes paga o salário. O seu alvo fundamental e grande trunfo, é o cidadão, que aqui fica, perante o poder grevista, na situação de refém indefeso. Naturalmente daqui resulta que, em tais actividades profissionais, tudo se encaminha para que estes trabalhadores passem a ser muito bem pagos, porque o êxito das suas greves vai incitá-los a, em breve, a paralisarem de novo para passar a ganhar mais, deter mais regalias.

Já não terão a mesma força reivindicativa os trabalhadores que actuem em sectores não socialmente prioritários, ou seja, e dito de uma forma pragmática, naqueles onde não seja possível direccionar os efeitos danosos das greves contra a população, mas apenas contra o patronato. Isso faz com que estes trabalhadores, sejam naturalmente mais mal pagos que os do grupo precedente. É a utilização do impacto da própria greve que estabeleceu a diferença de bem-estar entre uns e outros.

Coloca-se a questão: Estarão as leis sindicais, nascidas de uma realidade histórica e económica que as justificava há 200 anos, mas que não é a de hoje, desadaptadas e serão até socialmente perversas? Sim!

Até porque, dê-se-lhe quantas voltas se quiser, a greve é uma forma de resolver conflitos sociais pela força - a única permitida pela Lei -, que, enquanto reguladora do estado de direito, obriga todos os restantes conflitos a serem dirimidos exclusivamente nos tribunais.

Mais, convém não esquecer, que para lá de todo o aspecto discricionário das greves entre os próprios trabalhadores, a mera paralisação laboral é só a face “soft” do conflito, e este pode casuisticamente enveredar para formas mais musculadas e violentas, que incluem a constituição de milícias chamadas piquetes de greve, a ocupações de instalações públicas ou privadas e até sequestros de pessoas.

Reflexão final: Estas greves, particularmente as do sector público estatal, ao utilizarem “reféns psicológicos” entre as populações que necessitam dos serviços do Estado, exercem uma certa forma de chantagem social. Tem, uma praxis que não é tão diferente assim da de qualquer grupo sequestrador, que utiliza terceiros para alcançar os seus objectivos e ganhar vantagens. Há muita diferença? Eu não a vejo.

Desemprego - O Horror Económico

... As pessoas deixam-se convencer de que quando estão sem trabalho são inúteis e supérfluas, pois é o que se costuma dizer aos desempregados. Mas muitas vezes uma pessoa não trabalha porque não tem trabalho.
... Estamos a voltar a uma maneira de viver que era a do sec. XIX, quando se tinha vergonha de se ser pobre ou de estar no desemprego.
... Vivemos numa sociedade que é cada vez mais económica e que insinua, mas não esconde, que nós somos a despesa supérflua desta economia.
... Faz-se hoje uma grave confusão entre “utilidade” e “rentabilidade” de quem trabalha.
... O que é perigoso é que o mercado esconde uma economia especulativa, e esta economia tende a ser autónoma, a nem sequer precisar do consumo.
... Quantas vezes os lucros das Bolsas correspondem a tudo menos a riqueza colectiva. Hoje basta fazer despedimentos para as acções subirem. Quando a Renault fechou a fábrica de Vilvoord, as suas acções subiram em flecha.

Sinopse de entrevista de Viviane Forrester, autora do livro "O Horror Económico" ao jornal Expresso.

Lido e Anotado

Deus quer que a América governe o mundo. (Richard Nixon)

O mercado é uma multidão de indivíduos ignorantes que tentam adivinhar aquilo que os outros vão fazer. (John Maynard Keynes)

O que a África necessita é de bombas de água e não de democracia (Muhamar Kadafi)

12.9.06

Memória

Abril de 1927: Benito Mussulini promulga a “Carta del Lavoro”, documento legal e simultaneamente texto programático fundamental do fascismo italiano. São abolidas a competição individual e a irresponsabilidade social da propriedade típicas do capitalismo liberal, bem como a luta de classes e o colectivismo do socialismo e do comunismo. Patrões e trabalhadores passam a cooperar sob a tutela do Estado e do Partido Fascista, que fiscaliza também os sindicatos únicos e associações patronais por sector de actividade.

Em pormenor: http://www.contratuh.com.br/carta_del_lavoro.pdf

Assim falava ... Nietzche

- A moral é uma criação dos fracos, que por meio dela compensam os seus defeitos natos e ao mesmo tempo forjam uma arma contra os fortes.

- As raças superiores são as que deixaram o conceito de bárbaros por onde passaram.

- A perfeição, a beleza e a força são mais importantes do que o intelecto.

- A raça dos chefes deve ser pura. As raças misturadas são internamente desunidas e instáveis. Com os mestiços começa a decadência pelo enfraquecimento da vontade.

- O cristianismo é de origem judaica e defende uma moral de escravos com origem nos fracos e para protecção dos fracos. A esta categoria pertencem também o socialismo, a democracia e toda a espécie de humanitarismo.

11.9.06

Dito e anotado

No interior de uma organização só há centros de custos. O único centro de lucro é o cliente. (Peter Drucker)

Os homens admiram mulheres competentes, desde que não seja na mesma profissão.
(Sickan Carlsson)

A gente até pode não saber porque lhes arreia, mas não há problema: elas sabem sempre.
(Pinta do Intendente – Chulo lisboeta, em talk-show da TV)

Pensando com Millôr Fernandes

"Quando duas pessoas odeiam a mesma pessoa, têm a impressão de que se estimam."

"Você não pode aumentar a sua estatura, mas pode mandar rebaixar o tecto."

" Toda a gente tem uma porção de amigos que detesta e um ou outro amigo de quem gosta."

"Eu vou acabar acreditando em Deus. Está difícil acreditar em qualquer outra coisa."

"O Ministério da Justiça revela: "Um preso custa ao Estado ...(nota- cerca de 780 €) por mês". Pergunta: "Quanto custa um solto?"

Liberdade sexual. Factos e consequências (II)

Os que pensamos que da liberdade só pode vir bem para as pessoas e para as sociedades, começamos a notar que, nesta questão da libertação sexual, se vêm observando alguns desenvolvimentos perturbantes.

Com a libertação sexual, veio a masculinização da mulher e a feminização do homem, profundas alterações nas relações inter-sexos, na divisão de tarefas, "et pour cause", no aparecimento de uma moda unissex,- que por trás do facto de ser um sistema de merchandising altamente rentável, pretende que o homem e a mulher se despersonalizem e percam, cada um, a sua identidade sexual. Ainda no surgimento de sexualidades equívocas, como é o caso do "transformismo", "travestismo", “metrossexualismo”, etc.

Se, por simplificação de raciocínio, aceitarmos como bom que “foi Deus quem fez o homem e a mulher e colocou em seu íntimo a atracção sexual pelo sexo oposto. (Génesis 1:27, 28)” teremos que concluir que andam por aí forças poderosas a sabotar isto. Como? Induzindo hábitos, modas e valores tendentes a conseguirem artificialmente o “resfriamento sexual” dos homens.

Seria demasiado simplista pensar que a intenção é só a de vender “Viagra”. Trata-se de algo mais profundo. Observemos componentes deste fenómeno:

- As danças melódicas, sensuais, de ritmo lento, foram substituídas por músicas barulhentas e aceleradas, que dispensam o contacto corpo-a-corpo, como mais uma forma de eliminar o erotismo e a sexualidade homem/mulher. E o barulho da música de hoje tem, ainda, a função de entorpecer os sentidos..
- A moda é outro factor de masculinização da mulher que, vestida como homem, não é tão atraente como se de saia, sapato alto, maquilhagem... O negócio é anular todos os fetiches sexuais femininos. O passo seguinte, (humm... seguinte ou já residente?), em termos de moda, será feminizar o homem com trajes essencialmente femininos, auxiliados pela maquilhagem, hábitos femininos, etc. Daí essa tendência maior que vem ocorrendo ao homossexualismo.

Será tudo isto realmente inocente e a consequência natural do fluir dos tempos? Pode ser! Mas, sem entrar em teorias de conspiração, não deixa de ser verdade que tudo isto, - como se vive, como se ama, como se pensa - é, como nos teatrinhos de marionetas, comandado por uns senhores que por cima puxam os cordelinhos.

Os cordelinhos dos nossos dias são extremamente sofisticados, mas vão sempre dar aos “grande media” / capitalismo financeiro. Quem, e com que intenções estará algures a monitorizar toda esta campanha de desvirilização dos homens do mundo industrializado? Pense-se nisso.

10.9.06

O arzinho virtuoso dos media

"O problema está em que o debate sobre as relações entre o poder político e os media se faz forçosamente nos media, que fornecem uma informação tendenciosa e manipulada sobre si próprios. Convém por fim declarar, que partilho a repugnância pelo arzinho virtuoso dos media e pela sua presunção de emendar o mundo em nome do Bem, que lhes foi algures misticamente revelado."
(Vasco Pulido Valente)

Julgando a Justiça

(...) algumas ideias que julgamos essenciais para a "revolução" de que carece a justiça portuguesa:

1. Os juízes não deverão poder sê-lo antes de terem pelo menos 35 anos de idade e dez anos de experiência comprovada no exercício de uma profissão jurídica;
2. A selecção dos juízes deve fazer-se através de provas públicas, perante um júri nacional, composto maioritariamente por não juízes;
3. O provimento dos juízes de primeira instância deve ser feito por um prazo máximo de dez anos, ficando a possibilidade de nomeação para a segunda instância dependente da realização de provas de agregação, curriculares, documentais e científicas;
4. A nomeação para o Supremo Tribunal de Justiça deve poder recair sobre quaisquer juristas de mérito reconhecido e ser sempre de natureza política, como acontece em muitos países democráticos e, entre nós, com os juízes do Tribunal Constitucional;
5. O Centro de Estudos Judiciários deve deixar de ser uma escola de juízes e delegados para se tornar num verdadeiro centro de estudos aprofundados e de formação permanente de todas as profissões ligadas à justiça, incluindo as liberais.

Pensamos que medidas deste género, (...) poriam termo ao quadro pouco dignificante do "corporativismo judicial", já que ser juiz deixaria de ser uma carreira profissional, para ser, como pensamos que deveria, o exercício de uma alta função do Estado.

(Manuel Almeida Ribeiro - advogado, docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa - jornal O Público )

Era Uma Vez na América

Nos Estados Unidos da América há 33 estados que não regulam a "fornicação", enquanto em 17 é considerada crime; o incesto é crime em todos os estados, excepto na Virgínia e em Rhode Island. Há estados onde a sodomia é um "crime contra a natureza", mas em 23 não existe qualquer regulamentação. A poligamia, por seu lado, só é legal num distrito do Sul do Utah. Além disso, 14 estados proibiram a produção, distribuição e venda de todo o tipo de artefactos susceptíveis de provocar prazer sexual, por serem obscenos e perigosos. É o caso, antes de mais, dos vibradores.

Liberdade sexual. Factos e consequências (I)

Percorrendo historicamente um caminho bastante longo, aí está, nos nossos dias a libertação sexual. Isto se olhado a distância conveniente, como que para um “outdoor”, é bonito. É civilização. É progresso histórico.

Para trás foram ficando as resistências dos moralistas, das Igrejas. O pensar moderno, achou que o sexo não devia ser demonizado como no passado e que, o “pecado original”, a que mentalmente o sexo surgia ligado, era só uma versão bíblica das nossas origens e nada mais. Para trás também, ficaram todos os que defendiam que a principal diferença entre o comportamento sexual de animais irracionais e o dos humanos é o sentimento de vergonha e culpa. Alguns chamavam pudor e decência a esta forma (desactualizada) de sentir.

Há milhares de anos os humanos praticavam o acto sexual sem discriminação ou medo. Entretanto a evolução da socialização sucedeu-se de tal forma que, em alguns períodos, o comportamento e a liberdade sexual foram sendo reprimidos e castigados.
Mas, como à noite sucede o dia, as mentes evoluíram e o processo de “libertação sexual” continua e não se sabe quando terminará. O “crescendo” de sexo explícito nos “media” e, por reflexo condicionado nos hábitos sociais diários, é que se sabe… Custos da evolução.

Tudo bem. Mas agora, eu queria fazer uma observação “chata”: a “libertação sexual” não veio para todos. Veio para as “mulheres” e para os praticantes das ditas “sexualidades alternativas”. Para os homens em geral, a liberdade existente já era a suficiente. A tal libertação até veio funcionar, para eles, em sentido restritivo. Um exemplo? – Essas novas leis que tipificam como um execrável acto criminoso, algo que dantes se chamava, “fazer a corte”, “dizer piropos” ou “namoriscar”. Agora isso é um crime: nos Códigos é designado por “assédio sexual”. Mais custos da evolução.

Diferentes Agendas Biológicas

As agendas biológicas do homem e da mulher são diferentes.
Se ele quiser que os seus genes sobrevivam, tem que engravidar o maior número de fêmeas. Estas (e os seus genes) apercebem-se disso e tentam conseguir contrapartidas. Afinal, uma mulher consegue produzir apenas um óvulo por mês e não muitos durante toda a vida, enquanto que ele produz em cada ejaculação cerca de 200 milhões de espermatozóides.

Biologicamente, os homens tem todo o interesse em copular com as mulheres e depois abandoná-las, e o facto de serem, muitas vezes, possuídos por ciumes tem a ver com o receio subconsciente de que elas fiquem grávidas de outro. Porque se assim for, ele vai ter que criar um filho que não transporta nenhum dos seus genes e isso seria catastrófico.

9.9.06

Sabedoria popular

Pão de pobre, quando cai no chão é com a manteiga para baixo. (Dito brasileiro)

Ideias recuperadas

(...) Com esta moda de se andar por aí a pedir perdão (sobretudo aos judeus) por acontecimentos da História, é de esperar que daqui em diante passemos a assumir uma espécie de pecado original de cada geração, responsabilizando-a eticamente pelo que fizeram as anteriores, o que é perfeitamente ridículo.

Poder-se-ia por exemplo, exigir que os árabes pedissem perdão por terem invadido a Península Ibérica em 711; que os descendentes dos Hunos, Vândalos, Alanos, Suevos e Visigodos pedissem desculpa por terem invadido a Europa por entre os escombros do Império Romano; que os povos africanos viessem a pedir desculpas pelo modo como, ao longo de séculos, se escravizaram e brutalizaram entre si; que os actuais egípcios, se penitenciassem pelo processo que levou à construção das pirâmides, cimentadas impiedosamente com sangue humano do trabalho forçado; que a França peça desculpa pelo banho de sangue da Revolução Francesa.
(J.Pacheco Pereira)

Quem tem medo da palavra "Eugenia"?

Eugenismo: Melhorar a raça humana
Melhorar a raça humana é uma ideia que tem acompanhado a História ao longo dos séculos. No entanto, só no princípio do século XX, com o nascimento da genética moderna é que estas ideias foram colocadas "em prática", convertendo-se num movimento institucionalizado conhecido por "Movimento Eugénico".

Foi nos Estados Unidos, entre 1911 e 1930, que o movimento adquiriu força, levando à aprovação de leis de esterilização em mais de 24 Estados. Hoje são conhecidos casos polémicos como o de Carrie Buck e da sua filha ilegítima, consideradas "pouco inteligentes", que levou à sua esterilização por ordem do Supremo Tribunal de Justiça da Virginia em 1927 como forma de protecção para a sociedade contra o seu comportamento promíscuo. Mais tarde veio-se a descobrir que a filha de Carrie, que tinha boas notas na escola, tinha sido fruto de uma violação.

Foi também no Estado da Virginia que cerca de 8000 crianças da "Colónia Lynchburg para epilépticos e atrasados" foram esterilizadas. E foi o movimento eugénico dos EUA que serviu de modelo a diversos países europeus, dos quais, possivelmente os mais retardatários, ao contrário do que geralmente se quer fazer crer, até foram os alemães do periodo nacional socialista.

Alguns Factos Científicos: - Em 1912 um investigador destas coisas da hereditariedade humana Henry Herbert Goddard, seguiu a descendência de um filho de uma prostituta mentalmente retardada e encontrou 480 descendentes. Destes, 143 eram atrasados mentais, 33 eram filhos ilegítimos (entenda-se “ilegítimos” perante os padrões da época - hoje essa definição seria politicamente incorrecta e até reaccionária...), e 33 eram tarados sexuais. Para este investigador estava provada a hereditariedade da debilidade mental.

Esta é uma questão socialmente importante e que gostaria de aprofundar algo mais. Fá-lo ei oportunamente.

Canal da Memória

Por toda a Europa em 1896 já se falava no inevitável fim do governo representativo às mãos da oligarquia financeira. Em França, onde a literatura contra os banqueiros mais se desenvolveu na década de 1890, a finança foi identificada como uma conspiração do judaísmo internacional contra a soberania francesa. Esta notícia é efectivamente antiga. Mas até nem parece tanto assim ...

Turbo capitalismo

Dois redactores do semanário Der Spiegel lançaram um livro em que afirmavam que, nos países industrializados, devido à actual tendência massiva para a substituição da mão-de-obra humana por equipamentos de tecnologia avançada, se caminha irremediavelmente para sociedades ditas dos 20 %.

Assim, dentro em pouco, APENAS 20% da população terá um bom nível de vida e empregos bem pagos, enquanto a grande maioria terá que se contentar com trabalhos mal pagos, fortuitos e inseguros, ou simplesmente sobreviverá da assistência social, - porque esses 20 % conseguirão sozinhos manter tudo a funcionar aumentando sempre e sempre a produção, a produtividade e o lucro. E' o turbo capitalismo e o consequente salve-se quem puder...

Mas subsiste uma questão: Quem então, terá os recursos económicos para absorver as superproduções do turbo capitalismo e satisfazer, consumindo, as suas necessidades de expansão permanente para maximizar o lucro?

Os próprios equipamentos robotizados que estão a substituir as pessoas?. Impossivel!
Apenas os 20 % de trabalhadores bem pagos?. Não chega!..
Os que sobrevivem da Assistência Social ou de emprego precário?. Duvida-se !...

Então? ... Estará o capitalismo a cair finalmente na sua prevista contradição histórica, dando razão a Karl Marx

8.9.06

Provas Globais - flashs

- Lavoisier foi guilhotinado por ter inventado o oxigénio.
- O nervo óptico transmite ideias luminosas ao cérebro.
- O vento é uma imensa quantidade de ar.
- Terramoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas.
- Os Egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor.
- Pericles foi o principal ditador da democracia Grega.
- O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades.
- A principal função da raiz é enterrar-se.
- O Sol dá-nos luz, calor e turistas.
- As aves têm na boca um dente chamado bico.
- A unidade de força é o Newton, que significa a força que se tem que realizar num metro da unidade de tempo, no sentido contrário.
- A febre amarela foi trazida da China por Marco Polo.
- Os ruminantes distinguem-se dos outros animais porque o que comem, comem duas vezes.
- O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia.
- Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado.
- A insónia consiste em dormir ao contrário.
- A arquitectura gótica notabilizou-se por fazer edifícios verticais.
- Na Grécia a democracia funcionava muito bem porque os que não estavam de acordo envenenavam-se.
- As plantas distinguem-se dos animais por só respirarem à noite.
- Os hermafroditas humanos nascem unidos pelo corpo.
- Os estuários e os deltas foram os primitivos habitantes da Mesopotâmia.
- O objectivo de uma Sociedade Anónima é ter muitas fabricas desconhecidas.
- A caixa de previdência assegura o direito à enfermidade colectiva.
- A respiração anaeróbia é a respiração sem ar que não deve passar de três minutos.
- Calor é a quantidade de calorias armazenadas numa unidade de tempo.
- Antes de ser criada a Justiça, o mundo era injusto.
- Caracter sexual secundário são as modificações morfológicas sofridas por um indivíduo após manter relações sexuais.

O demo-liberalismo visto por Salazar

"Face às desordens cada vez mais graves do individualismo, do socialismo e do parlamentarismo, não erguer sobre este conceito - a liberdade - um sistema político que efectivamente garanta as legítimas liberdades individuais e colectivas, não com a adulação das massas pela criação do "povo soberano" que não deu ao povo nem influência na marcha dos negócios públicos, mas com aquilo que o povo mais precisa - soberano ou não - que é ser bem governado (...)"

7.9.06

Ainda a Propriedade...

Proudhon (1809-1865) escreve em 1840 a brochura «Was ist das Eigentum ?» com a resposta: «a propriedade é roubo». (...) «por natureza tudo pertence a todos e claro que aqueles que produziam a riqueza existente com o seu trabalho. Se alguém a reclamasse como propriedade privada, roubava a comunidade.»

(...) «a propriedade significa a opressão dos fracos pelos fortes, mas o comunismo significa a opressão dos fortes pelos fracos»

Viu? Leu? Pode não ser verdade...

Tudo o que você sabe é errado !
O que recebe realmente o telespectador de noticiários ? Notícias ?! Realidade ?! Ou apenas aquilo que um pequeno grupo de lideres do topo e capitalistas, muito desejam que o insuspeito público acredite ser a realidade ?

A opinião pública que anda por aí, é apenas a opinião privada de uma pequena elite de personalidades que se dedicam a especulações abstractas, elaborações poéticas, acusações mútuas e comparações de «egos».

Quem disse o quê

"Casa-te; se por sorte dás com uma boa mulher, serás feliz; se não, tornar-te-ás filósofo, o que é sempre util para um homem.""
(Sofocles)

"Os espanhóis celebram a viagem de Colombo para a América, omitindo que foi uma viagem que falhou o objectivo, comandada por um navegador que não sabia onde estava e confundiu um povo com outro situado a mais de quinze mil quilómetros de distância."
(Joaquim Vieira - Expresso)

Ao menos, legendem o novo cinema português!

O actual cinema português é, genericamente, muito mau.
Pior, ainda pior, do que os insuportáveis guiões feitos por (e para), intelectuais de esquerda pós-modernistas, de uma fotografia sem qualidade; - de uma direcção de actores praticamente inexistente e onde cada um, incluindo os inúmeros figurantes, representa o papel da maneira que entende, em regra mal, mesmo actores com provas dadas noutros palcos;

…É a persistência de um som deplorável, inentendível, perante a maioria das falas dos actores, devido às deficiências técnicas na captação do som, ao péssimo português que por ali se ouve, e uma cacofonia de palavrões e calão lisboeta, com sotaque suburbano ao estilo Pedreira dos Húngaros.

Impressionante a pobreza dos diálogos. Tirem os palavrões e não fica nada senão alguns suspiros. Deve ser isto, o tal “diálogo sem palavras” que só os eleitos e intelectuais entendem na plenitude. Entretanto e perante a provável hipótese de ninguém entender mesmo patavina do que está a decorrer, os realizadores portugueses são peritos num recurso: põem os personagens a “falar para dentro”, o equivalente aos balões pontilhados da banda desenhada. Imaginativo, sublime! Atrai subsídios do ICAM.

Há também, imensos ruídos de fundo, Aí, torna-se difícil distinguir, que parte cabe aos parasitas próprios do suporte magnético da gravação, e que parte cabe ao mau gosto do realizador. Ouve-se por lá de tudo, em regra a despropósito: marteladas, fragmentos de conversas sem qualquer conexão com o argumento, som de demolições etc. Será este áudio-lixo, qual patinho feio, um espectacular “efeito sonoro” saído da genialidade do realizador?

Se vai continuar a enveredar-se por este caminho, eu apelo para que se legendem urgentemente estes filmes portugueses. Poderemos então, continuar a não gostar da qualidade das imagens, dos argumentos, da qualidade do som, mas, ao menos, “entendemos” o que os personagens dizem.

Por puro pulsão nacionalista, dispus-me a ver filmes portugueses na TV2: Perante o último - “No Quarto de Vanda” de Pedro Costa, ocorreram-me as palavras de Tolstoi: “não posso ficar calado!” Aquilo que vi é mau demais, para se gastar ali um cêntimo de dinheiros públicos em patrocínios. Estou farto destas “insuportáveis obras primas”. Cortem-lhes os subsídios. Eles que vão trabalhar, ou seja, que vão para as bilheteiras das salas de exibição comerciais com a sua arte equívoca … Boa Sorte!

6.9.06

Quanto custa um advogado?

Há umas tabelas, supõe-se e ao que consta, emanadas da Ordem dos Advogados, para impedir que se cobrem "preços ridículos" no exercício da advocacia. Essas tabelas porém são difíceis de obter, e decididamente não colhem o consenso de todos os profissionais envolvidos.

Para alguns, elas (as tabelas) violam o princípio da concorrência, a que Portugal está obrigado pelos tratados assinados com a UE. Existe até um acórdão de um tribunal de primeira instância que o diz claramente.

Mas não é só por isso que são sigilosas. É também porque, ao aconselharem o advogado a cobrar percentagens dos valores em causa ou que o cliente venha a ganhar, induzem, para dizer o mínimo, à prática de algo deontologicamente proibido: o pacto de "quota litis".
Fonte: Jornal O Público

Canal da Memória

O Ultimato britânico de Janeiro de 1890 gerou realmente um grande movimento patriótico. Aí viu-se finalmente uma nação a actuar em conjunto e indignadamente. A legação inglesa e o Ministério dos Negócios Estrangeiros são apedrejados. No Coliseu, artistas ingleses são impedidos de actuar. Devolvem-se condecorações. Um grupo de senhoras da sociedade resolve cortar relações com todos os membros da legação inglesa. É organizada uma grande subscrição nacional para a compra de couraçados.

Estes acontecimentos marcaram de forma indelével a evolução política portuguesa, desencadeando uma cadeia de acontecimentos que desemboca no fim da monarquia constitucional e no reforço na consciência colectiva portuguesa do apego ao império colonial, que depois teve pesadas consequências ao longo do século XX.

Sindicalismos

"Os sindicados defendem a manutenção do posto de trabalho e não do emprego, por isso se opõem a qualquer forma de flexibilidade laboral. Esta sua posição estendida no tempo, levá-los ia a que em relação a empresas mais antigas, ainda pudessemos encontrar inamovíveis nos seus quadros, moleiros, ferradores ou condutores de carroças."

"As denominadas organizações de defesa dos Trabalhadores, ou seja os Sindicatos, tem atavicamente, uma tendência irresistível para favorecerem os “insiders” (os que têm emprego) em detrimento dos “outsiders” (os que não têm emprego), ou seja, defendendo muito rigidamente os direitos, o crescimento dos salários e as regalias dos que estão a trabalhar, está-se a dificultar a entrada de novas pessoas no circuito de emprego."

Democracia: O último Fundamentalismo?

Será a democracia liberal e burguesa do nosso tempo o estágio final de perfeição dos sistemas políticos, ou apenas mais uma Utopia, possivelmente condenada a prazo, pela erosão do tempo e das ideias sobre os seus grandes dogmas e "ideias enlatadas" que, realmente ninguém contesta, ninguém discute, ninguém analisa criticamente? Estarão neste caso:

- a manutenção dela própria (a democracia, assumiu-se como dogma e jamais se auto-sufragou realmente);

- o sufrágio universal (que conduz a um exercício do poder, sustentado exclusivamente por maiorias meramente aritméticas, flutuantes e instáveis);

- a representatividade, fulanizada (tal como no século XIX - com pavor a tudo o que faça lembrar formas de democracia directa das populações, que a tecnologia actual possibilita) , recrutada com base em critérios mais partidários do que com raiz nas identidades das populações "representadas" e do ambiente social e económico residente, espartilhada ainda por critérios puramente geográficos;

- a condenação do colonialismo, do fascismo, do racismo, do machismo e do anti-semitismo, o primado do dinheiro fácil, a rejeição hipocrita do consumo de drogas e de tabaco, a permissividade perante a homossexualidade, o apoio ao cosmopolitismo, à mestiçagem e outras coisas do género ?...

5.9.06

Alterne: Pagas um copo, querido?

Extratos de um artigo-reportagem do Jornal "O Público":

"- Sempre igual: o patrão observa. O gerente age. Esqueçamos os que bebem umas cervejas. Esses são cenário. Interessa é o pato. Pode ser um gerente de banco ou desses. Poderá gastar dezenas. O lavrador, arrogante de voz escancarada, jipe e jagunço, rei na pança, tem um potencial de milhares (se ele se embeiça por uma gaja, nunca lha dês, para que ele volte, e outra vez.
(...) Pois: gastam milhares de euros. Milhares. E quando se apaixonam, os parvos... Numa noite deixam duzentos ou trezentos logo à entrada. Ok?

E o uísque é mesmo marado? Sempre!
Irra que é a ganância levada a um extremo quase poético: uma garrafa de 200 euros é desdobrada em quatro, e cada quarto misturado com zurrapa é vendido por 3.000 euros.

Dá trabalho mas as rolhas, ditas invioláveis, têm uma fraqueza e os selos recolam-se e o pessoal tem com que se ocupar durante o dia.
Mais truques: O champanhe vem sempre batido e sai metade ao abrir; elas quando se servem de gelo deixam cair metade da bebida no balde; quando dançam, o tipo é rodado, para ficar de costas para a mesa e zás; quando o empregado vem ver se está tudo bem, tem atrás das costas um copo de água que troca por um cheio de uísque. Para que se faça a permuta, elas agarram-se ao cliente e cegam-no com miminhos.

Conta quem o fez:
"Vendi milhares de garrafas".Às quatro da manhã acendem-se as luzes e as mulheres desaparecem para uma sala. Ora vamos a pagar, por favor! Se tem, boa noite obrigado. Se não, sai amassado, sem BI, anel, relógio e o que houver. Sem se perdoar ou abrir precedentes.

Bateste em alguém assim? "Era o meu trabalho, era para isso que me pagavam papel". "Na noite não há amigos"