Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

24.11.10

Eutanásia real para o “prime-time” do “Times”?


Jorge V da Grã-Bretanha, o avô da actual rainha Isabel II, 
morre, de pneumonia no palácio de Buckingham em Janeiro de 1936. O mesmo acontecera já com o seu irmão mais velho Alberto 
que morreu com a mesma doença. 
Devido a isso Jorge V, ao ficar no topo da lista
da sucessão dinástica de Eduardo VII, ficou-lhe com também com o emprego. Mas não só. Ficou-lhe igualmente com a noiva, 
a princesa Maria de Teck. 

O casamento realizou-se em 1893 e resultou em seis filhos, entre os quais o Duque de Windsor e Jorge VI, pai de Isabel II. O falecimento do rei, já na época foi objecto de boatos e comentários pouco ou nada «oficiosos». 
Disse-se insistentemente que os médicos do rei, com a aprovação do governo, administraram ao moribundo uma dose fatal de morfina, de maneira a que a morte do rei ocorresse a tempo de ser anunciada no "The Times" do dia seguinte, e não nos tablóides plebeus que saiam para a rua algumas horas depois.

O rei era realmente um fumador inveterado, com diversos problemas pulmonares e respiratórios há muito detectados. Ainda assim viveu 70 anos. Apenas se poderá hoje imaginar o “boom” mediático, que os fundamentalistas anti-tabaco não aproveitariam para desencadear em todo o mundo com base nesta morte, se ela tivesse ocorrido alguns anos mais tarde, quando a sua histeria pseudo-científica já contagiava o mundo. Iriam certamente concentrar a atenção das pessoas com tal intensidade que, eventualmente, o Al Gore e sua discutível teoria dos glaciares em degradação e do aquecimento, teriam passado quase despercebidos. Pode dizer-se que o tabaco matou o rei. Mas só ao fim de 70 anos.

A Jorge V sucedeu o seu filho Eduardo VIII que teria de abdicar do trono, tornando-se  Duque de Windsor, para se casar com uma mulher que não era nobre, Wallis Simpson. Basta olhar para as histórias escabrosas que ocorreram posteriormente com alguns membros desta família real, para encarar este acto com imensa ironia.

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