Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

7.9.06

Ao menos, legendem o novo cinema português!

O actual cinema português é, genericamente, muito mau.
Pior, ainda pior, do que os insuportáveis guiões feitos por (e para), intelectuais de esquerda pós-modernistas, de uma fotografia sem qualidade; - de uma direcção de actores praticamente inexistente e onde cada um, incluindo os inúmeros figurantes, representa o papel da maneira que entende, em regra mal, mesmo actores com provas dadas noutros palcos;

…É a persistência de um som deplorável, inentendível, perante a maioria das falas dos actores, devido às deficiências técnicas na captação do som, ao péssimo português que por ali se ouve, e uma cacofonia de palavrões e calão lisboeta, com sotaque suburbano ao estilo Pedreira dos Húngaros.

Impressionante a pobreza dos diálogos. Tirem os palavrões e não fica nada senão alguns suspiros. Deve ser isto, o tal “diálogo sem palavras” que só os eleitos e intelectuais entendem na plenitude. Entretanto e perante a provável hipótese de ninguém entender mesmo patavina do que está a decorrer, os realizadores portugueses são peritos num recurso: põem os personagens a “falar para dentro”, o equivalente aos balões pontilhados da banda desenhada. Imaginativo, sublime! Atrai subsídios do ICAM.

Há também, imensos ruídos de fundo, Aí, torna-se difícil distinguir, que parte cabe aos parasitas próprios do suporte magnético da gravação, e que parte cabe ao mau gosto do realizador. Ouve-se por lá de tudo, em regra a despropósito: marteladas, fragmentos de conversas sem qualquer conexão com o argumento, som de demolições etc. Será este áudio-lixo, qual patinho feio, um espectacular “efeito sonoro” saído da genialidade do realizador?

Se vai continuar a enveredar-se por este caminho, eu apelo para que se legendem urgentemente estes filmes portugueses. Poderemos então, continuar a não gostar da qualidade das imagens, dos argumentos, da qualidade do som, mas, ao menos, “entendemos” o que os personagens dizem.

Por puro pulsão nacionalista, dispus-me a ver filmes portugueses na TV2: Perante o último - “No Quarto de Vanda” de Pedro Costa, ocorreram-me as palavras de Tolstoi: “não posso ficar calado!” Aquilo que vi é mau demais, para se gastar ali um cêntimo de dinheiros públicos em patrocínios. Estou farto destas “insuportáveis obras primas”. Cortem-lhes os subsídios. Eles que vão trabalhar, ou seja, que vão para as bilheteiras das salas de exibição comerciais com a sua arte equívoca … Boa Sorte!

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