Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

13.5.08

Moda, Carapinhas e Cabeças Rapadas

Metade dos homens que se cruzam comigo, tem o cabelo rapado à navalha. É obviamente uma moda. Valorizando o “fait-divers” na optica da definição consagrada pelo tempo, de que moda, é afinal tudo aquilo que passa de moda, os crânios rapados dos meus semelhantes não me deveriam merecer reparo especial.

Para além disso, ainda tenho memória suficiente para enquadrar a moda que está por detrás deste corte de cabelo, como uma réplica, algo serôdia, de uma outra que teve inspiração no visual do actor Yul Bryner quando teve que rapar o cabelo para representar o papel de Rei do Sião na peça teatral da Brodway – mais tarde filme de sucesso - “O Rei e Eu”(1951)। Então também os macaquinhos por esse mundo fora, raparam as respectivas melenas para imitar o actor. O cabelo à “Yul Bryner” foi moda durante vários anos. Pois. E é perfeitamente natural que
os filhos e netos dos macaquinhos desse tempo continuem a ser, macaquinhos de imitação। Quem sai aos seus ... Mas há aqui uma curiosidade que eu gostaria de evidenciar a quem me lê.

A moda do cabelo rapado julgo que induz mentalmente em muitos dos seus seguidores a sensação de protagonizarem a imagem-fetiche do guarda-costas dos serviços secretos, de óculos escuros, o fio de um auricular a sair do ouvido, olhando em redor sempre com aquele ar de quem está à espera de um ataque com rokets। Pode ser boa para tímidos e pessoas com fraca auto-estima।

Também é boa para todos aqueles que assistem desesperados à inexorável queda do cabelo, que se observa em indivíduos do sexo masculino em idades cada vez mais novas que começam a ouvir subtis alusões onde entra a palavra “careca”. Então, rapam o cabelo e aí sentem que retomam a uniformidade craniana perdida.

Onde está a parte curiosa? É que, a generalidade destes novos cabeças rapadas, provavelmente nunca ouviu falar nos movimentos nacionalistas radicais designados por “Skinheads” que utilizam esse tipo de visual também como forma de identidade grupal. E, sem disso se aperceberem, com essa prática de rapar as respectivas “trunfas”, acabam por entrar em rota de colisão com esse grupos radicais e até serem eventuais alvos da sua hostilidade, justamente porque o seguimento da dita moda, contraria, os princípios ideológicos dos Skinheads: a individualidade racial, também designada por racialismo.

Esta palavra racialismo ouve-se pouco e lê-se ainda menos porque a grande mídia esquerdista (será que há outra?) prefere antes dar-lhe um cunho aviltante e generalizando-a como racismo. Racialismo e racismo são até conceitos diferentes e até, antagónicos. Racismo é um sentimento de superioridade e de aversão perante outras raças. Racialismo é uma filosofia que não assenta na superioridade entre raças, defendendo que todas elas devem ser mantidas, preservadas e tanto quanto possível humanamente melhoradas, com vista à obtenção de sociedades mais harmoniosas e pacíficas.

E porquê este potencial atrito entre os falsos e os verdadeiros cabeças rapadas? Para o compreender temos que reter a ideia-força da individualidade racial defendida pelos nacionalistas radicais, e a partir daí recuar até às origens da moda do “corte sem cabelo
Vem, como quase todas dos Estados Unidos. Teve o seu começo com os basquetebolistas negros da NBA. Se alguma coisa os negros não gostam nas suas características morfológicas, é do cabelo, vulgarmente conhecido por carapinha. Não gostam, de todo. A maior parte dos negros sempre usou qualquer coisa para cobrir o cabelo: boné, gorro, seja o que for. Mas jogar basquetebol de alta competição com um gorro enfiado na cabeça, não seria prático. Em alternativa, exibir a carapinha... também não, porque demasiado marcado racialmente. A solução óbvia foi rapar a carapinha. Ao fazê-lo, sem querer e devido à sua enorme projecção mediática, acabaram por desencadear – primeiro nos EUA, depois no resto do mundo – mais um fenómeno de imitação que começou a ser seguido por negros e também por brancos.

É aqui que entram os “preconceitos” (mais uma buzzword mediática de efeito assegurado) dos racialistas: a defesa de uma cultura com personalidade racial। Porquê? Acham incorrecto que, em princípio, se absorvam e adoptem costumes característicos de outras raças.
Os negros encontraram uma forma de se libertarem de uma carapinha que acham inestética. E fizeram-no bem. Logo, quando, brancos por exemplo, que não tem carapinhas, imitam os negros, na realidade não é estes que estão a imitar. É um nosso antepassado (talvez comum), o macaco imitador, que mais uma vez imitam.

O meu barbeiro, que é meio-filósofo, e junto de quem me quis informar melhor sobre os hábitos capilares dos meus vizinhos, até foi mais longe। Garantiu-me que a revista da sua profissão, tinha publicado uma reportagem, mostrando um estudo feito por uma universidade americana (por detrás deste tipo de costumes sociais, - tabaco, doces, sal ou gorduras -, aparece sempre uma universidade destas), que garantia a grande vulnerabilidade dos indivíduos de raça branca – contrariamente aos negros - perante melanomas no couro cabeludo. Será?

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7.5.08

O Enigma Madeleine McCann

Aparentemente tudo, ou quase tudo, foi dito, escrito e investigado sobre o desaparecimento da criança inglesa a 3 de Maio de 2007 na Praia da Luz. Não obstante a polícia portuguesa ter, ela própria, chegado a uma conclusão sobre o que realmente aconteceu naquele local, tudo aponta para que o crime vá ficar impune, e o Processo arquivado por falta de provas. Sabe-se o que aconteceu, mas não foi possível reunir elementos probatórios suficientes para levar os responsáveis perante a justiça. Um crime perfeito

Poder-se-ia ter ido mais longe na investigação, mesmo perante o poderosíssimo lobie criado em torno do casal McCann? Muita gente pensa que sim, apesar de toda a desinformação e cortinas de fumo colocadas deliberadamente no percurso dos investigadores, sempre afastando-os em direcções opostas à verdade, com o “avistamento” de pseudo-raptores e putativos pedófilos pelo meio, até à “mise-en-cene” deplorável que o ramo diplomático da task-force McCann obrigou um Papa a protagonizar.
Não resisto em dar, se ainda a tempo, uma sugestão aos responsáveis portugueses pela investigação.

É minha convicção que a criança desapareceu, porque “um grupo restrito de pessoas”, com motivações ainda desconhecidas, actuou para que tal acontecesse. Posteriormente, manipulou a opinião pública da forma mais conveniente e desactivou as pistas incriminatórias do acto, para que não houvesse consequências
Qual era o “cimento” e motivações que unia esse grupo?

Que tinham – ou não tinham – a ver com esse hipotético grupo, o casal McCann, Rachell e Matthew Oldfield, Russel O’Brian e Jane Tanner (que até teve a visão conveniente de um indivíduo mal-encarado transportando uma criança em pijama – criança essa, que seria de supor ela, Jane, estar em condições de imediatamente identificar como Madeleine) , David e Fiona Payne, Diane Webster, Jeremy WilkinsAlguns – o grupo que reunia no restaurante Tapas, e gente muito poderosa noutros pontos do mundo?

Se eu fosse matemático diria ... encontrem “o menor múltiplo comum” que determina o comportamento de toda esta gente – o já referido cimento ideológico, e podem daí vir enormes surpresas।
O comentador criminal, Barra da Costa, teve que desdizer-se na RTP da afirmação feita, de existência de eventuais adeptos de “troca de casais” entre os protagonistas mais directos deste caso. Mas, para lá do “swing” há mais vida. E mais morte.

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