... E "isto" toca? - Um Certo Olhar
Um Certo Olhar é um programas da RTP2 que oiço em diferido, via podcast, no indispensável leitor mp3 que me acompanha ao longo das caminhadas. É um “certo olhar” sobre a actualidade e, naturalmente não poderia ser um “olhar certo”, se é que isso existe em espaços livres de análise e comentário. Porque escrevo sobre o programa?
Porque a proximidade e algum intimismo intelectual com os comentadores, pessoas que eu conhecia de uma forma incompleta, me gerou alguma desilusão e por vezes até incómodo. Porém nunca rejeição. Vou continuar ouvinte.
Confesso que do Vicente Jorge Silva esperava melhor. Não está em forma. É redondo, dogmático, pouco convincente. Teoriza que Paulo Portas digitalizou documentos do tempo em que foi ministro da Defesa, porque estes eventualmente o poderiam comprometer, mas ficou patético ao tentar encontrar justificação para o injustificável, colocado, e muito bem, pelo Luís Caetano: - “Então porque deixou lá os originais? Ainda bem que isto não se passava na TV. A cara de Vicente deve ter passado por todas as cores.
Mas a quem a exposição da proximidade mais desfavorece, é às senhoras comentaristas, que tem em comum uma obsessão: sexismo, e um discurso feminista a tombar para o primário, Torna-as ridículas, mas elas lá sabem que imagem querem passar ao exterior.
Maria João Seixas (a quem recordo, com o Luis Sttau Monteiro no programa de TV A Visita da Cornélia) é uma pessoa que tem ganho a vida muito à sombra tutelar do Partido Socialista. Quando necessário há sempre um “Job for the Lady” aguardando-a. Certamente culta e inteligente, tem o discurso recorrente e previsível de uma certa esquerda, muito bem colocada na vida.
Inês Pedrosa, era uma autora que estava na minha lista de livros a ler. Confesso que nunca li os seus textos. Mas sinceramente, não sei se vou lê-la nos tempos mais próximos. Presentemente tenho uma total falta de paciência para discursos feministas, machistas, sexistas ou quejandos e, estando a Inês Pedrosa tão marcada por esta “dependência”, vou talvez aguardar que essa pulsão pós-juvenil seja superada e que alguma maturidade a melhore como mulher de letras.
Senhoras: se quiserem (na minha modesta opinião) melhorar e prolongar no tempo o programa “Um Certo Olhar”, dispam as camisolas do dogmatismo feminista. Intelectualmente, nem necessitam dele. Como ouvinte, eu apreciaria isso.
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