Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

25.11.07

Tudo Isto é Fado?




Será que o nosso Fado, Destino, Predestinação, Karma ou o que se lhe queiram chamar já vem mesmo “marcado” quando nascemos, como crêem os astrólogos e, já agora, os autores dos poemas tristes e fatalistas que se juntam à guitarra para produzir a canção nacional portuguesa?

Afinal esta é uma questão recorrente discutida ao longo de todos os tempos e que provavelmente jamais terá uma resposta categórica.. Uns defendem o “determinismo biológico”, que exprime um estrito e directo controlo genético sobre os carácteres e manifestações de comportamento social.
Em essência o determinismo biológico pergunta, porque são os indivíduos como são?, porque fazem o que fazem?. E responde que as vidas e acções humanas são a consequência inevitável das propriedades bioquímicas das células que compõem o indivíduo; e essas características, por sua vez, são determinadas unicamente pelos constituintes dos genes de cada indivíduo.

Outros opõem-se a esta teoria, afirmando que a biologia acaba no momento do nascimento e que a partir daí intervêm a cultura. O sonho dos mecanicistas, para os quais uma parte ou a totalidade dos fenómenos naturais, pode ser reduzida a uma combinação de movimentos físicos ou mecânicos, por oposição às explicações teológicas, parecia ter sido finalmente realizado, quando se fez a decifração do código genético e se pôde estabelecer um fio lógico de casualidade entre a molécula básica, o ADN (DNA). Isto permitiu que se “descesse” à molécula para explicar a inteligência, o comportamento social, os traços físicos, etc.

Independentemente de quem está certo ou errado, este continua a ser um assunto muitíssimo interessante, particularmente quando recorre ao estudo de gémeos humanos, com uma estrutura genética praticamente igual, mas criados em ambientes diferentes. Ao que parece, para além de outras, há inegavelmente uma relação fundamental e directa entre o comportamento e os genes, mas também fica margem para haver condicionantes comportamentais relacionadas com o meio e o ambiente. A ciência e a filosofia prosseguem o seu trabalho.

Entretanto, também não vem mal ao mundo que os astrólogos e o letritas de fados continuem a achar que a vida das pessoas está dependente do momento físico do nascimento. Confesso que ainda não percebi como dão a volta a esse “pormenor” dos fusos horários…, Por sua vez os fadistas, vão continuar a cantar o fatalismo tão português: “fado é sorte / e do berço até à morte / ninguém foge, por mais forte / ao destino que Deus dá"

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