Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

29.11.07

... E "isto" toca? - Um Certo Olhar



As mulheres estão mais bonitas, disse eu. Estão - respondeu-me ele - desde que tenhamos o cuidado de as observarmos a alguma distância e sempre que possível, caladas!

Um Certo Olhar é um programas da RTP2
que oiço em diferido, via podcast, no indispensável leitor mp3 que me acompanha ao longo das caminhadas. É um “certo olhar” sobre a actualidade e, naturalmente não poderia ser um “olhar certo”, se é que isso existe em espaços livres de análise e comentário. Porque escrevo sobre o programa?

Porque a proximidade e algum intimismo intelectual com os comentadores, pessoas que eu conhecia de uma forma incompleta, me gerou alguma desilusão e por vezes até incómodo. Porém nunca rejeição. Vou continuar ouvinte.
Para uma mentalidade politicamente céptica e desalinhada como a minha, há muito que deixou de haver bons e maus no campo das ideias.

Confesso que do Vicente Jorge Silva esperava melhor. Não está em forma. É redondo, dogmático, pouco convincente. Teoriza que Paulo Portas digitalizou documentos do tempo em que foi ministro da Defesa, porque estes eventualmente o poderiam comprometer, mas ficou patético ao tentar encontrar justificação para o injustificável, colocado, e muito bem, pelo Luís Caetano: - “Então porque deixou lá os originais? Ainda bem que isto não se passava na TV. A cara de Vicente deve ter passado por todas as cores.

Mas a quem a exposição da proximidade mais desfavorece, é às senhoras comentaristas, que tem em comum uma obsessão: sexismo, e um discurso feminista a tombar para o primário, Torna-as ridículas, mas elas lá sabem que imagem querem passar ao exterior.

Maria João Seixas (a quem recordo, com o Luis Sttau Monteiro no programa de TV A Visita da Cornélia) é uma pessoa que tem ganho a vida muito à sombra tutelar do Partido Socialista. Quando necessário há sempre um “Job for the Lady” aguardando-a. Certamente culta e inteligente, tem o discurso recorrente e previsível de uma certa esquerda, muito bem colocada na vida.
Acho-a agora mais “convencida”. Parece-me que falta espontaneidade às suas opiniões, que, antes de proferidas no programa, terão sido previamente ensaiadas, tirando até partido da sua conhecida característica vocal de câmara de eco.

Inês Pedrosa, era uma autora que estava na minha lista de livros a ler. Confesso que nunca li os seus textos. Mas sinceramente, não sei se vou lê-la nos tempos mais próximos. Presentemente tenho uma total falta de paciência para discursos feministas, machistas, sexistas ou quejandos e, estando a Inês Pedrosa tão marcada por esta “dependência”, vou talvez aguardar que essa pulsão pós-juvenil seja superada e que alguma maturidade a melhore como mulher de letras.

Senhoras: se quiserem (na minha modesta opinião) melhorar e prolongar no tempo o programa “Um Certo Olhar”, dispam as camisolas do dogmatismo feminista. Intelectualmente, nem necessitam dele. Como ouvinte, eu apreciaria isso.

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