Professor é... (2)
Os melhores professores estão na rua em luta com o Ministério da Educação, ouvi eu dizer a um jovem deputado, da Direita. - Está enganado meu amigo! Não percebeu patavina da questão! - Quem está na rua são os piores professores! - Os restantes andam por ali feitos “Maria vai com as Outras” por pura solidariedade corporativa ou porque ainda perceberam menos o fenómeno, que o deputado!
Esses professores que protestam, têm toda a minha tolerância e compreensão. Inteligentes como a maioria é suposta ser, recusam ser avaliados, (não porque esta – ou qualquer outra - agitação é sempre conveniente aos sindicatos comunistas) mas porque qualquer avaliação os iria penalizar, "injustamente", na carreira. Com inteira razoabilidade, fazem a interpretação de que não têm que ter qualquer sentimento de culpa, da modéstia ou mediocridade do seu desempenho como docentes.
A responsabilidade dessa fraca prestação, aqui também, cabe exclusivamente ao sistema educativo jacobino que os formou – o tal que, igualmente recusa desde o primeiro momento, ser ele mesmo seriamente avaliado, tal a superioridade moral que lhe atribuem os seus prosélitos.
Este sistema, em linhas gerais o actual, ao que recordo, começou com uma tal reforma Veiga Simão - pessoa de cujas credenciais pedagógicas específicas, pouco mais se consegue retirar do que uns título académicos na área das engenharias e ter sido reitor de uma Universidade em Moçambique.
Desta reforma, brotou o eduquês como linguagem iniciática e, por arrastamento, uma multidão de teóricos, mais ou menos líricos, sobre os objectivos do ensino num país como Portugal; vieram ainda legiões de nulidades que ajudaram a completar a obra que é hoje a escola pública, dita, "escola inclusiva".
Tudo isto incita-nos a observar mais de perto essa tal escola inclusiva, que deu a formação de base que deu, aos professores que agora recusam – porque temem – ser avaliados. Há algo mais a dizer realmente ...
Etiquetas: escola, jacobinos, sistema de ensino
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