"Alma Nostra" e Maquiavel
Sou um ouvinte realtivamente assíduo do programa "Alma Nostra" da RDP. Globalmente faço dele uma apreciação positiva. O comentário da actualidade, na perspectiva de um psicanalista e de um jornalista, é uma boa ideia, iniciada no “Freud e Maquiavel” da TSF; o desempenho dos protagonistas é em geral bastante satisfatório. Ambos se revelam bem informados, as suas análises e opiniões oportunas. Fim dos aplausos.
Carlos Magno (jornalista) tem uma personalidade curiosa, simultaneamente interessante e controversa, marcada, como tantas outras do seu tempo, por uma militância esquerdista juvenil, de que se foi afastando pouco a pouco, embora com algumas recaídas pelo meio.
O seu companheiro de programa Carlos Amaral Dias, certamente estará preparado para elaborar - a propósito deste tique involuntário de “regressão às origens” de Magno – uma complexa teoria freudiana, sendo como é (ele, Amaral Dias), um apóstolo assumido daquela “ciência”, “religião”. ou pura e simplesmente “embuste”, conforme a óptica dos sectores que avaliam a psicanálise.
O esquerdismo pontual de Magno é uma característica. Uma vaidade incomensurável, o seu enorme defeito. Nado e criado num país em que ser doutor, é muito mais um titulo nobiliário do que uma licenciatura universitária, Magno adora que lhe chamem “doutor”. Reparem: é ver como ele abre os seus programas, cumprimentando o seu interlocutor: - “Bom dia “Senhor Doutor” C.A.Dias!”, para despoletar a resposta: -“Bom dia “Senhor Doutor” Carlos Magno!” O “doutorismo” português pode desencadear incontroláveis gargalhadas aos estrangeiros, mas por cá ainda passa muito bem.
Outra vertente da sua enorme vaidade, são as “buchas” que introduz no diálogo, muitas vezes a despropósito, para que se saiba da sua enorme mundividência: “…estava eu (num sítio remoto do mundo) a assistir a uma conferência feita por f…”, “ainda a semana passada ao falar com f….” - sempre alguém muito importante do mundo da política, da arte ou dos negócios.
Pior, indigno mesmo do seu estatuto, é o seu portismo provinciano. (Não confundir com “portismo” de Paulo Portas). Tenho grandes afinidades com o Norte, gosto dos portuenses. Portismo é outra coisa, É antagonismo basista com o Sul e Lisboa é o “bibó Porto que é uma naçón”. Magno está a mais misturando-se com isto.
Carlos Magno, para quem Maquiavel parece ser um dos seus alter-ego – o outro é Umberto Eco, de quem extrai umas teorias que depois expressa em palavrões científicos - leva para estes programas radiofónicos, raciocínios, cuidadosamente trabalhados e sintetizados, de forma a poderem, idealmente, constituir caixas destacadas na imprensa escrita e terem um efeito devastador nos leitores: “Há jornalistas com medo e jornalistas que metem medo”, “A Vitória de Salazar deve-se à forma como este país entregou a divulgação da História ao dr. José Hermano Saraiva”, “Quem votou em Salazar para os grandes Portugueses deveria ser obrigado a viver oito dias sob o salazarismo”. Gosta tanto destes “enlatados”, que os estreia no “Contraditório”, repete no “Alma Nostra” e eventualmente noutras oportunidade. Umas vezes sai-se bem, outras, não tanto.
Está na cara. As pessoas que elegeram Salazar como Grande Português, na sua maioria, ou viveram durante esse regime, muito mais do que os tais oito dias, e/ou tem sobre ele – mas principalmente sobre a honestidade das pessoas que o constituíam – informação suficiente, para agora passarem por cima dos esquerdismos serôdios de Magno e de toda a lavagem ao cérebro feita pelo “politicamente correcto português”. Magno, jornalista bem pago, , usufruindo de um desejável “job” académico, tem dificuldade em entender para além dos limites do “pensamento único”. Mas, esteja atento. Não estratifique. Andam mudanças por aí.
Carlos Magno (jornalista) tem uma personalidade curiosa, simultaneamente interessante e controversa, marcada, como tantas outras do seu tempo, por uma militância esquerdista juvenil, de que se foi afastando pouco a pouco, embora com algumas recaídas pelo meio.
O seu companheiro de programa Carlos Amaral Dias, certamente estará preparado para elaborar - a propósito deste tique involuntário de “regressão às origens” de Magno – uma complexa teoria freudiana, sendo como é (ele, Amaral Dias), um apóstolo assumido daquela “ciência”, “religião”. ou pura e simplesmente “embuste”, conforme a óptica dos sectores que avaliam a psicanálise.
O esquerdismo pontual de Magno é uma característica. Uma vaidade incomensurável, o seu enorme defeito. Nado e criado num país em que ser doutor, é muito mais um titulo nobiliário do que uma licenciatura universitária, Magno adora que lhe chamem “doutor”. Reparem: é ver como ele abre os seus programas, cumprimentando o seu interlocutor: - “Bom dia “Senhor Doutor” C.A.Dias!”, para despoletar a resposta: -“Bom dia “Senhor Doutor” Carlos Magno!” O “doutorismo” português pode desencadear incontroláveis gargalhadas aos estrangeiros, mas por cá ainda passa muito bem.
Outra vertente da sua enorme vaidade, são as “buchas” que introduz no diálogo, muitas vezes a despropósito, para que se saiba da sua enorme mundividência: “…estava eu (num sítio remoto do mundo) a assistir a uma conferência feita por f…”, “ainda a semana passada ao falar com f….” - sempre alguém muito importante do mundo da política, da arte ou dos negócios.
Pior, indigno mesmo do seu estatuto, é o seu portismo provinciano. (Não confundir com “portismo” de Paulo Portas). Tenho grandes afinidades com o Norte, gosto dos portuenses. Portismo é outra coisa, É antagonismo basista com o Sul e Lisboa é o “bibó Porto que é uma naçón”. Magno está a mais misturando-se com isto.
Carlos Magno, para quem Maquiavel parece ser um dos seus alter-ego – o outro é Umberto Eco, de quem extrai umas teorias que depois expressa em palavrões científicos - leva para estes programas radiofónicos, raciocínios, cuidadosamente trabalhados e sintetizados, de forma a poderem, idealmente, constituir caixas destacadas na imprensa escrita e terem um efeito devastador nos leitores: “Há jornalistas com medo e jornalistas que metem medo”, “A Vitória de Salazar deve-se à forma como este país entregou a divulgação da História ao dr. José Hermano Saraiva”, “Quem votou em Salazar para os grandes Portugueses deveria ser obrigado a viver oito dias sob o salazarismo”. Gosta tanto destes “enlatados”, que os estreia no “Contraditório”, repete no “Alma Nostra” e eventualmente noutras oportunidade. Umas vezes sai-se bem, outras, não tanto.
Está na cara. As pessoas que elegeram Salazar como Grande Português, na sua maioria, ou viveram durante esse regime, muito mais do que os tais oito dias, e/ou tem sobre ele – mas principalmente sobre a honestidade das pessoas que o constituíam – informação suficiente, para agora passarem por cima dos esquerdismos serôdios de Magno e de toda a lavagem ao cérebro feita pelo “politicamente correcto português”. Magno, jornalista bem pago, , usufruindo de um desejável “job” académico, tem dificuldade em entender para além dos limites do “pensamento único”. Mas, esteja atento. Não estratifique. Andam mudanças por aí.
1 Comentários:
não posso deixar de comentar esta posta. não só porque concordo em parte sobre o que nela é referido como foi por ela que encontrei o seu blog. "carlos magno insuportável contraditório" foram as palavras que usei para a busca no google. acho-o de uma arrogância e de um pretenciosismo aflitivos apesar de algumas vezes ter razão no que diz. mas longe, muito longe, de ser um mourinho do jornalismo. um fernando santos vá lá... mais fraquinho.
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