Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

19.3.07

Abril 74:Grafitos,Slogans,Palavras de Ordem (1)



  • "O povo unido jamais será vencido" - slogan revolucionário importado do Chile de Allende e ainda hoje amplamente utilizado sobretudo na Sul América. Do Chile viria também a foto original do menino (descalço ?!) colocando um cravo na espingarda de um soldado. Concretamente, slogan, foto-ícone e até o rótulo “revolução dos cravos”, na verdade não são originais. Apenas“remakes”.
    Nada de novo; ocorre citar Eça de Queiroz – Os Maias: “Aqui (em Portugal) importa-se tudo: leis, ideias, filosofias, teorias, assuntos, estéticas, ciências, estilo, indústrias, modas, maneiras, pilhérias, tudo nos vem em caixotes. A civilização custa-nos caríssimo em direitos alfandegários, e é em segunda mão”.

  • Nem mais um soldado para as colónias” e “Guerra do povo à guerra colonial” – Originário nos maoístas do MRPP, onde, curiosamente, na altura pontificavam figuras conhecidas da actual vida política embora noutros sectores, casos de Durão Barroso, Saldanha Sanches, Ana Gomes, Maria José Morgado etc. teve um efeito devastador na condução da política de descolonização;
    apressando-a descontroladamente, lançou a indisciplina nas forças armadas nacionais, quer no continente quer nas colónias, esteve na origem do êxodo de refugiados de Angola e Moçambique.
    Se, a lei jamais escrita, onde todos intuem que em tempo de revolução nada é crime, não vigorasse “de facto”, para com os responsáveis do MRPP restaria um amplo espaço para, ainda hoje, serem acusados perante tribunais civis, não apenas pelas leis dessa altura, como ainda por aquelas cuja vigência se mantém. Foi, de facto um slogan assassino. Não é líquido que tenha salvado vidas, mas é inegável que contribuiu, indirectamente, para as destruir aos milhares.

  • Ninguém há-de calar a voz da classe operária" – Contribuía especialmente como apelo a um cerrar de fileiras por parte da autentica milícia civil que o Partido Comunista organizou em torno dos metalúrgicos e operários da construção da cintura industrial de Lisboa. Uma actuação violenta dessa milícia pode ser observada durante o cerco e sequestro da Assembleia da República, já referido e relatado neste blogue.

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