Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

23.3.07

Sexta-Feira 13 ...


Muitas pessoas tem como aziaga a coincidência do dia 13 com uma sexta-feira. Na origem desta crença estará certamente a ocorrência de um evento histórico importante: a destruição dos Templários.
Foi uma sexta-feira dia 13, de Outubro do ano 1307 que, cumprindo uma ordem secreta do Papa Clemente V os Templários foram esmagados. A Ordem foi dissolvida, e a maioria dos seus membros, presos, torturados e mortos.

A Ordem dos Templários havia sido criada em Jerusalém em 1118 para proteger os peregrinos cristãos que demandavam a Terra Santa. Acabou por se transformar numa das mais poderosas e enigmáticas organizações da Idade Média.
As origem do seu imenso poder e influência são mal conhecidas. Fala-se que, sendo os possuidores de segredos do antigo povo judeu, teriam procedido a escavações nos subterrâneos do templo de Jerusalém onde se instalaram, e aí recuperado um enorme tesouro.
Com rituais de iniciação, voto de pobreza e uma dedicação espartana, os templários tornaram-se monges-guerreiros, detentores de profundo conhecimento esotérico e donos de enorme fortuna.

Aos poucos, passaram a influenciar os centros do poder político e financeiro em toda a Europa e na Terra Santa. A Ordem expandiu-se, acumulando vastos domínios em mais de dez países, vindo a enriquecer ainda mais através da concessão de créditos a reis, nobres e prelados, cobrando juros sobre esses recursos e instituindo assim o embrião do moderno sistema bancário.
Os cheques, por exemplo, são uma invenção dos templários. Evidentemente, transportar valores na Idade Média representava um enorme risco. Assim, qualquer viajante poderia depositar determinada quantia em uma fortaleza templária e receberia um documento cifrado que poderia ser descontado em qualquer outra fortaleza, pagando-se um percentual por tais serviços. Além disso, os templários fizeram empréstimos a diversos reinos, o que demonstrava o seu poder económico.

No século XIV, a Ordem teria alcançado tamanho poder, que Filipe IV de França – que, ao que se dizia, devia dinheiro aos Templários e, pior, em determinada altura teria tentado ingressar na ordem templária, mas isso ter-lhe sido recusado - e o Papa Clemente V, que por sua vez devia favores ao rei, colocaram secretamente em prática uma estratégia para esmagar os Templários e apoderar-se de seus enormes recursos que, para além de bens de riqueza, compreendiam também documentos importantes com informação valiosa sobre tecnologia naval - que seria posteriormente usada por Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama,

Para esse dia, o Papa enviou instruções secretas, lacradas, a serem abertas simultaneamente pelas suas forças, por toda a Europa, no dia 13 de Outubro de 1307, véspera do dia em que a Ordem completaria 200 anos. Ao serem abertas, os destinatários tomaram conhecimento da afirmação do Pontífice. de que Deus viera a ele numa visão, alertando-o de que os Templários eram hereges, culpados de adoração ao demónio, homossexualismo, desrespeito à Santa Cruz, sodomia e blasfémia.

Na época ninguém se atreveria a duvidar que Papa, recebera de Deus a ordem de purificar a Terra, reunindo todos os Templários e torturando-os até que confessassem as supostas heresias cometidas. Sob tortura, foram obrigados a confessar a prática de obscenidades, homossexualismo e a negação de símbolos cristãos. Em 1314, 500 Templários foram queimados vivos em Paris, entre eles, seu último grão-mestre.
Este, Jacques de Molay, prestes a ser executado na fogueira amaldiçoou aqueles que causaram tão injusta perseguição, convocando-os a prestar contas a Deus no prazo de um ano. A maldição dirigia-se especificamente ao rei Filipe IV, ao Papa Clemente V e a Guilherme de Nogaret, guarda do Selo Real. Coincidentemente os três personagens vieram a falecer naquele prazo.

Alguns templários sobreviventes foram acolhidos pelo rei de Portugal, D.Dinis. Em 1317, obtiveram de Roma autorização para fundar a Ordem dos Cavaleiros de Cristo, que manteve a estrutura e os símbolos dos templários. A maioria dos grandes navegadores portugueses, entre eles Pedro Álvares Cabral, pertenciam à Ordem de Cristo e suas armadas singravam os mares com a Cruz de Copta, o símbolo dos templários, impressa nas velas.

Alguns templários também se dirigiram para a Escócia, onde foram recebidos de bom grado e se incorporaram ao exército escocês. A experiência e destreza dos cavaleiros templários foi importante nas batalhas que culminaram com a libertação do país da dominação inglesa. Apesar disso, nunca mais alcançaram a importância anterior. Segundo alguns, na Escócia gozaram de liberdade suficiente para continuar as suas actividades sem ser incomodados pela inquisição da Igreja Católica, tendo-se misturado a fraternidades maçónicas, donde se originou, segunda a lenda, a Franco-Maçonaria, rito escocês.

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