Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

26.3.09

Sobre Blogues e outras coisas.


Depois de algum tempo sem actualizar o blogue, volto. Os temas que aqui venho proponho para reflexão, tentam, por norma, afastar-se daquilo que, bem, alguém chamou a “espuma dos dias” que enche fugazmente os media.

Como milhões de pessoas que diariamente se expressam na Net, também eu aspiro a que as análises e reflexões que produzo, tenham a suficiente intemporalidade e mérito para interessar outras pessoas. É difícil. A oferta de opinião na Net supera esmagadoramente a procura. É certo, como dizia o outro, que no topo da pirâmide da qualidade, há sempre um lugar para preencher; mas isso pode levar mais tempo do que aquele que ainda há para viver.

A dificuldade de conseguir visibilidade no ciberespaço é ainda maior para todos aqueles – e são muitos – que, como eu, recusam liminarmente entrar naqueles esquemas de tráfico de notoriedade, - tão conhecidos na blogosfera -, destinados a influenciar os contadores de tráfego: “eu recomendo ou faço um link para o teu blogue tu retribuis”, ou “deixo comentários em todas as caixas dos blogues mais lidos, para servirem de chamariz para o meu blogue”. Não, por aí não. Que me desculpem os meus amigos cujos blogues, além de os ler e apreciar pessoalmente, por uma questão de princípios, não faço deles destaques neste blogue.

Resta-me um conforto: as palavras que aqui escrevemos, vão perdurar em arquivos digitais muito mais tempo do que a esperança de vida de cada um de nós. Tal como a garrafa com uma mensagem que os marinheiros deitavam ao mar -, quem sabe “quem” e “quando” vai ler (ou não) o que agora escrevemos?!

Depois há ainda outro aspecto. As minhas opiniões e análises revestem sempre um aspecto de denúncia social. É relaxante pensar que, se alguma vez estiver certo, antes ou fora do tempo próprio, poderei dizer: eu não pactuei por omissão. Eu denunciei!