Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

17.2.07

Tão Cruéis Que Eles Eram ...


Tive ocasião de rever o filme “A Escolha de Sofia”. Está tudo dito sobre a excelente interpretação de Meryl Steep, pela qual recebeu os merecidos prémios. Também não quero alargar-me em considerações sobre a realização que Alan Pakula fez, com base no livro homónimo de William Styron. Penso apenas que andou longe de ser brilhante, num certo registo de mediania, por vezes mesmo a rondar o sofrível.

Mas faço um breve comentário ao argumento. Na sua mensagem essencial nada há de realmente novo. Há muitas décadas que o cinema, sobretudo o politicamente engajado e financiado por judeodólares, repete à exaustão – alguns chamam-lhe lavagem ao cérebro – catadupas de filmes com a versão “conveniente” para os vencedores da II Guerra Mundial e seus amigos, de um determinado conjunto de acontecimentos, supostamente ocorridos durante o período envolvente ao conflito. O marketing político encontrou-lhe um nome: “holocausto”.

No fundo é mais um filme de maus e bons, de vilãos e de vítimas. Não é preciso ser bruxo para antever que os vilões são os nazis e vítimas são os judeus. Clássico. As personagens vivem em torno de um triangulo amoroso complexo e dos traumas daqueles tempos de guerra.
Novidade a meu ver – por inabitual – é a existência de uma personagem, um biólogo judeu, obcecado pelo história do “holocausto”.
Na realidade, porém ele é uma pessoa mentalmente perturbada; concretamente não é biólogo algum, mas apenas uma pessoa doente sofrendo de esquizofrenia paranóide, que acaba cometendo suicídio juntamente com a sua amante, a refugiada polaca que Meryl Steep protagoniza. Este humanismo da personagem – um judeu – causa-me alguma surpresa. Costumo vê-los representados em personagens bem diferentes … tirando os filmes do genial Woody Allen.

Mas quanto à crueldade dos diabólicos nazis, quem fez o guião do filme, desta vez exagerou. Está bem. Acreditamos, (que remédio, se acaso vivermos na Áustria ou na Alemanha, porque a dúvida dá cadeia) que os nazis, além de imensas outras coisas muitíssimo más, assassinaram 6 milhões de judeus. Porém não exagerem, até porque a maior parte das pessoas que vêm estes filmes, não os visionam como obras de ficção – que o são, mas como reconstituições mais ou menos históricas de acontecimentos reais.

É que, não se percebe bem, aquela cena crucial - de partir o coração – em que, acabados de chegar ao campo de concentração, um super cruel oficial nazi, começa por dizer à pobre refugiada polaca que gostaria de dormir com ela e, de repente, dá-lhe uma veneta, e coloca a angustiada mãe, ante o dilema de escolher qual dos dois filhos iria salvar, porque só poderá salvar um, visto que o outro iria direitinho para um “crematório” ...on-line.

Por favor… eu esforço-me por ser crédulo, mas não abusem. É que eu não percebi a cena. De todo. Culpa minha? Os nazis, certamente já conheciam a “gestão por objectivos”. Então só podia tratar-se disso?! Em direcção ao “objectivo” deles, - que não conhecemos, mas ao que nos dizem, deviam ser os tais seis milhões, - e para preencher a quota referente àquele dia, faltava “apagar” um pessoa. Aliás, falando de crematório, apagar não é uma palavra muito apropriada, se me é permitido ironizar com algumas coisas de “faz-de-conta” e que “nunca aconteceram”, manifestando simultaneamente todo o meu respeito pelas outras – as que, infelizmente aconteceram.

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