Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

6.12.06

Flashback IIGM - A Noite das Facas Longas


No dia 30 de junho de 1934, foi preso Ernst Röhm, um capitão, ex-colaborador de Hitler. Levado para a prisão de Stadelheim, negou-se a cometer suicídio e foi fuzilado.

Foi o culminar de um golpe militar no interior da Alemanha profunda, que ficou conhecido pela Noite das Facas Longas. Os nazistas executaram sumariamente 85 pessoas, algumas sem qualquer ligação com Röhm.

Este, fora o autor da transformação das SA (SturmAbleilung – Secções de assalto) – inicialmente uma espécie de força paramilitar privada do partido nacional-socialista, numa milícia popular formada por combatentes de rua, e alguns arruaceiros. O número de integrantes das SA subiu então de 70 mil para 170 mil em apenas 18 meses. As fileiras da milícia eram engrossadas, principalmente, por desempregados, mas eram recrutados também marginais. Uma espécie de "exército plebeu".

Röhm, um típico representante da chamada "geração perdida" da Primeira Guerra Mundial, acreditava no ideário nazista, quando aderiu ao partido em 1918; demonstrava um desprezo profundo pelo que chamava de "farisaísmo e hipocrisia burguesa" mas, secretamente nutria ambições. O sonho de Ernst Röhm era ser o comandante supremo de uma enorme força armada, resultante da fusão da SA com o exército regular. Hitler seria então "apenas" o chefe político.

A sua demagogia populista era rejeitada pela classe média e preocupava os militares e industriais, que formavam a base do regime nazista. A reivindicação de Röhm de transformar a SA numa milícia autónoma alarmou os generais, indispensáveis para os planos de longo prazo de Hitler.Como o chanceler demorasse a agir, o Exército fez-lhe ver que, se uma medida enérgica não fosse tomada, um golpe de Estado militar tiraria os nazis do poder. Foi aí que Hitler decidiu liquidar "Röhm e seus rebeldes"

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