Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

3.12.06

Neste dia ...


No dia 3 de Dezembro de 1954, Marlon Brando, então com 23 anos, fez sua estréia como actor na Broadway com a peça de Tennessee Williams,"Um Eléctrico (Bonde) Chamado Desejo", mais tarde levada ao cinema.

A interpretação da personagem Stanley Kowalski, marcou a segunda metade do século 20. Para o crítico de cinema Richard Schinkel, "com seu carácter rudimentar e honesto, Brando deu uma nova dimensão à dramaturgia". Ganharia o primeiro Óscar com o filme On the Waterfront (Sindicato de Ladrões no Brasil e Há Lodo no Cais em Portugal), dirigido pelo director Elia Kazan.

Nascido no Nebraska, numa família destruída pelo alcoolismo, Marlon Brando ingressou no mundo do teatro depois de ter sido expulso da escola militar, mas nunca atigiu a sua ambição de representar o Hamlet. "Ele acabou por ceder à obesidade e ao mau humor, à falta de amor próprio e à auto-paródia", escreve Schinkel. Personificou um estilo de personagem que se descontrolava tanto no palco quanto na vida privada.

Politicamente, a super-estrela dos anos 50 era um liberal. Lutou contra a discriminação racial no sul dos Estados Unidos e negou-se a continuar trabalhando com o director de “Um Eléctrico Chamado Desejo”, Elia Kazan, depois que este denunciou artistas de Hollywood, supostamente comunistas, diante da Comissão McCarthy.

No show de Larry King Live do dia 5 de Abril de 1996 afirmaria que "Hollywood é dirigida por judeus - é dos judeus!". Adicionou que os judeus haviam caluniado todos os outros grupos raciais, "mas são sempre cuidadosos em que nunca haja qualquer imagem negativa do judeu". Isso valeu-lhe ser rotulado de "anti-semita" e, perante os problemas que daí lhe advieram, viu-se forçado a pedir desculpas aos judeus, que controlam o Centro Simon Wiesenthal do Holocausto em Los Angeles.

O seu estilo como actor alcançaria o auge do sucesso e da fama nos anos 70, com “The Godfather” (O Poderoso Chefão, no Brasil, e O Padrinho em Portugal) e O Último Tango em Paris, entre outros, tendo sido premiado com dois Óscares pela Academia de Hollywood.

O modo característico de falar de Brando, rendeu-lhe o segundo Óscar, mas o actor recusou o prémio e, na festa de entrega, atacou a política dos Estados Unidos. Em O Último Tango em Paris, rodado no mesmo ano, revelou os primeiros sinais de decadência, em controvertidas cenas de sexo explícito. O seu falecimento ocorre em 1 de Julho de 2004.

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