Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

24.1.07

O Fusil Curvo e a Lista de Schindler


- E para que serve esse fuzil de cano curvo que você diz ter acabado de inventar? - Ora, ‘tá-se vendo …. para atirar sobre bandido desde a esquina da rua!

Isto, lia-se em balões num engraçadíssimo cartoon brasileiro. Recordei-o especialmente ao interessar-me um pouco mais sobre um dos mitos modernos, criados pelo lóbi judaico de Hollywood com o famoso filme “A Lista de Schindler”. Posta de lado a propaganda “pró” e “contra”, o que mais me impressionou foram as fotos aéreas tiradas em 1944 sobre o campo de Plaszow, próximo de Cracóvia.

Em contraponto “revi” uma das cenas mais fortes do filme. O comandante Goeth, na sua vivenda sobranceira ao campo de concentração, sai da cama onde se divertia com a amante de ocasião e, com um ar displicente caminha até ao terraço, pega numa espingarda e então desfruta alguns momentos de prazer, fazendo disparos sobre os prisioneiros que iam ficando momentaneamente na mira da sua arma. Uma cena horrível: close-ups sobre as vítimas (judeus) atingidos. Sangue. Dantesco, mesmo. Aquela gente, os nazis, não podiam ter alma como qualquer outro ser humano!

Aqui entram as fotos aéreas do campo de Plaszow que ficava rodeado de colinas e não era visível da estrada para Cracóvia. A casa do comandante Goeth, está perfeitamente localizada e ficava, não no alto de uma colina mas na base e … do lado oposto ao campo. Logo da casa seria impossível avistar sequer o campo e muito menos disparar para lá, nem sequer com uma espingarda como aquela de que falava o cartoonista brasileiro.
Só mesmo com um morteiro. Logo o guionista (e quem o guiou) mentiu deliberadamente quanto a este pormenor espectacular, como de resto em relação a vários outros. E Spielberg sabia-o perfeitamente.

Mas o mais importante, a mensagem, e imensas como esta passaram, passaram, através de poderosos canais de difusão para todo o mundo. Criaram uma ideia de massas. Um ícone praticamente indestrutível. Conseguiram transferir um injustificado sentimento de culpa para toda uma nação, a Alemanha, outrora tão orgulhosa da sua contribuição para a cultura mundial, para aquilo que hoje é: um povo cabisbaixo, descrente, que até teme exibir a sua bandeira nas grandes realizações desportivas.

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