Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

21.1.07

A choldra


«Lá vou eu ter que voltar para aquela choldra», queixou-se um dia o Rei D.Carlos, no momento de iniciar um viagem de regresso a Portugal.
O rei foi assassinado. A choldra manteve-se. Prosperou. Ramificou para dentro do Estado, da media, e da política. Continua viva.

Vejamos um exemplo: no tradicional jornal nacional de referência Diário de Notícias, acolhe-se como colunista residente, uma tal Fernanda Câncio – ela própria uma personagem de gargalhada, a que talvez ainda me volte a referir, mesmo sob pena de contribuir para o protagonismo que ela sofregamente persegue - escreve, sob o título “O Juiz macho e o apalpão latino”, isto: “Os juízes lusos (...) mobilizaram-se pelo apalpão e pelo esfreganço livres, sem pena nem multa”. Mais adiante referindo-se a Portugal e ao seu edifício jurídico, a “plumitiva” afirma (releve-se-lhe o mau português): “(...) no país que um acórdão do Supremo estabeleceu, nos anos 90, como coutada do macho latino” (D.N. 19/01/07)

Ora, isto não é o exercício de um legitimo direito de crítica. Se isto não é, na minha humilde opinião, uma ofensa à magistratura de um estado de direito, então das três uma: ou eu não sei tipificar o que é ofensivo para uma magistratura; ou a magistratura entende não reagir perante estes actos; ou então, como dizia o rei, isto é mesmo uma choldra.

Todo o arrazoado da escriba é pura fúria esganiçada contra o facto de não se incluir num futuro Código Penal a tipificação de “crime” para a “importunação sexual” que ela, e o grupinho dela, imediatamente associa genericamente, aos “encostos” dissimulados às mulheres nos transportes públicos, mas jamais, à igual importunação para os homens que tenha origem nas mini-saias e nos cruzares de pernas científicos à Sharon Stone.
Estas Fernandas, se pudessem até, catalogariam de crime público o “olhar libidinoso” dos homens para as mulheres, porque no fundo, lá bem no fundo (como é que isto se diz Freud?), detestam-nos. O resto, mesmo com paparazzis atrás, é cenário.

1 Comentários:

Anonymous Gilberto Jesus disse...

Que não restem dúvidas. O Rei (e eu não tenho nada de monárquico) tinha razão.
Isto, este país, é mesmo uma choldra.

3/4/09 17:59  

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