Lembrando Clarice Lispector
Clarice Lispector nasce na Ucrânia, em 1920. A sua família vem para o Brasil em 1922, aí naturaliza-se brasileira. Muda o seu nome original "Haia", para Clarice.
É originária de uma família judaica e chega a frequentar em 1930 o "Collegio Hebreo-Idisch-Brasileiro", onde termina o terceiro ano primário. Estuda piano, hebraico e iídiche. Lê Drummond, Cecília Meireles, Fernando Pessoa e Manuel Bandeira.
Começa então uma profícua carreira literária, composta por romances, contos, novelas, crónicas, entrevistas, textos para a rádio e a televisão. Deixa-nos aos 57 anos. Neste dia. Fica-nos a sua vasta obra.
*Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. ..."
* Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo.
* Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
* Que ninguém se engane, só se consegue a simplicidade através de muito trabalho.
* Minha alma tem o peso da luz. Tem o peso da música. Tem o peso da palavra nunca dita, prestes quem sabe a ser dita. Tem o peso de uma lembrança. Tem o peso de uma saudade. Tem o peso de um olhar. Pesa como pesa uma ausência. E a lágrima que não se chorou. Tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
* E ninguém é eu, e ninguém é você. Esta é a solidão.
* Ouve-me, ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e sim outra coisa. Capta essa outra coisa de que na verdade falo porque eu mesma não posso.
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