Alfredo Pimenta
«Os Portugueses não formam uma sociedade porque não são sócios uns dos outros»
«O nosso racismo é económico. Tratamos com servilismo os que têm mais dinheiro que nós, embora haja quem diga que isso é a cordialidade do português a acolher os estrangeiros.»
«Vivi na Alemanha muitos anos e pude constatar que o mito do amor ao trabalho dos Alemães é falso. Não gostam de trabalhar, mas sabem que é preciso. Por isso, fazem-no o mais eficientemente possível. Durante o trabalho, os alemães não conversam sobre futebol nem as alemãs falam de meninos, como aqui. E fora dele é tabu falar sobre isso. Ao contrário de Portugal, onde se passa o almoço a falar do trabalho, uma paranóia perfeita.»
«O nosso racismo é económico. Tratamos com servilismo os que têm mais dinheiro que nós, embora haja quem diga que isso é a cordialidade do português a acolher os estrangeiros.»
«Vivi na Alemanha muitos anos e pude constatar que o mito do amor ao trabalho dos Alemães é falso. Não gostam de trabalhar, mas sabem que é preciso. Por isso, fazem-no o mais eficientemente possível. Durante o trabalho, os alemães não conversam sobre futebol nem as alemãs falam de meninos, como aqui. E fora dele é tabu falar sobre isso. Ao contrário de Portugal, onde se passa o almoço a falar do trabalho, uma paranóia perfeita.»
«Aquele homem do povo que se lava e procura distinguir da arraia com que vive, buscando na cultura dos seus sentimentos compensação para a humildade e anonimato da sua origem – esse, é um aristocrata.»
«No século XVI, o embaixador do Papa escrevia para Roma a dizer que não entendia porque é que o barbeiro, um homem muito pobre, tinha um pretinho para Ihe carregar a bacia quando ia fazer a barba a casa do cliente. Na Segunda Guerra, houve o "boom" dos novos-ricos do volfrâmio e dizia-se que eles comiam a sardinha assada com "pão-de-ló". »
«No século XVI, o embaixador do Papa escrevia para Roma a dizer que não entendia porque é que o barbeiro, um homem muito pobre, tinha um pretinho para Ihe carregar a bacia quando ia fazer a barba a casa do cliente. Na Segunda Guerra, houve o "boom" dos novos-ricos do volfrâmio e dizia-se que eles comiam a sardinha assada com "pão-de-ló". »
«… aquele a quem a mulher corneava esperava que a revolução (NR: 28 de Maio de 1926) lhe resolvesse a mulher e os cornos. E não resolveu…»
«As castas aristocráticas finaram-se por esterilidade. As massas democráticas diluem-se em grosseria. A Democracia é a mistura, a mestiçagem, a confusão, o tumulto» Alfredo Pimenta (1882-1950), escritor, historiador foi uma das personalidades mais polémicas do meio cultural português. Formado em Direito, e com uma intervenção marcante na vida política nacional, foi nas lides literárias que se distinguiu. Deixou uma extensa bibliografia, onde abundam estudos de filosofia política, história, crítica e poesia. Foi colaborador de numerosos jornais e revistas nacionais e estrangeiras.
2 Comentários:
"Os Portugueses não formam uma sociedade porque não são sócios uns dos outros"
Dessa gostei!!
Uma boa tirada!
Soninha
Estou lendo sobre a vida de Aleksander Laks, um sobrevivente dos campos de extermínio, nascido em 1927 e por fim presidente da Associação dos Israelistas Sobreviventes da Perseguição Nazista , SHERIT HAPLEITA no Rio de Janeiro...
O relato dele está me parecendo verídico!
Soninha
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