Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

28.4.07

Banca e Poder


O “lóbi” bancário é assustadoramente poderoso. Iludem-se, quantos vão na conversa deles sobre a democratização e dispersão do seu capital social. São apenas bolos para enganar tolos. Os núcleos duros das grandes empresas financeiras (os verdadeiros centros do poder), cada dia estão restringidos a um menor grupo de pessoas. A perspectiva da existência de monopólios a prazo, não é teoria da conspiração. Basta estar minimamente atento.

Os fabulosos lucros do sector permitem-lhe atrair algumas das melhores inteligências dos paises a todos os níveis organizacionais (..e as pessoas politicamente mais convenientes). Governo após governo, os quadros que ocupam as pastas económicas, na sua esmagadora maioria já exerciam actividade executivas ou como consultores no sector financeiro.

São empregados dos banqueiros, a desempenhar temporariamente cargos de Estado. Porque é assim, aos banqueiros não atrai directamente a política, a luta pelo poder. Eles já o detêm realmente. Limitam-se a disponibilizar temporariamente para cargos públicos alguns dos seus quadros que, com o tempo acabam por regressar ao seio do lóbi que os acolhe, pressupondo que, enquanto governantes, se “portaram bem”. Para quem?

É interessante observá-los! Saltitam e vagabundeiam despudoradamente dos bancos para os governos e dos governos novamente para os bancos e seguradoras. Que se pode esperar das suas actividades legislativas, se ocupam os cargos políticos em part-time, mas sempre vestindo a camisola da grande finança?.. Obviamente despachos e leis, que em último rácio, jamais serão desfavoráveis para quem já lhes pagava, e vai novamente fazê-lo, no momento em que saírem dos cargos.

Tudo isto é Democracia, mas esta tem as suas subtilezas, para já não referirmos o financiamento (encapotado) que a Alta Finança, putativamente, faz aos partidos do poder. As suas ligações perigosas (e porquê perigosas?) com a política, podem ficar-lhe caras, mas são compensadoras. Algum vez um partido politico vez terá a coragem (a palavra “tomates” estaria mais correcta) de propor uma lei de incompatibilidades, que acabe para sempre com esta promiscuidade escandalosa entre os quadros da alta finança e os governos? Claro que nao! Toda a gente tem bolsos...

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