Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

15.11.06

Mulheres, Arcos Góticos e Clitóris


Historicamente a Igreja Católica na sua milenar sabedoria sempre promoveu regras inibitórias que, no essencial, conduziam ao “controle das mulheres”. Elas deveriam aprender a encarar o sexo com apreensão, porque conduz, inevitavelmente às dores de parto.
Esta ideia era central, no modo como as mulheres eram encaradas pela Igreja, e pelos homens, em geral, ao longo dos séculos. Se as mulheres perdessem o receio do parto, sem dúvida que o caos se instalaria.

Desde a época misógina dos primeiros tempos da igreja, quando ainda (por influência de Aristóteles) se duvidava que as mulheres tivessem alma, tudo foi feito para as fazer sentir profundamente inferiores, a todos os níveis.
Não lhes ensinavam que eram pecaminosas, em si mesmas, mas que também eram a maior – por vezes a única – causa de pecado do homem. Aos homens era ensinado que, ao sentirem genuíno desejo sexual, estavam apenas a reagir às artimanhas diabólicas da mulher, que os enfeitiçava e os atraía para actos que, de outro modo, eles nunca teriam considerado. Uma expressão extrema dessa atitude encontra-se na ideia da igreja medieval, de que uma mulher violada era responsável não só por provocar o acto contra si mesma, mas também pela perda da alma do violador …

Subjacente ao ódio e ao medo das mulheres, estava o conhecimento de que elas tinham uma capacidade única para sentir prazer sexual. Os homens medievais podiam não ter beneficiado da actual educação anatómica, mas a investigação pessoal não podia ter deixado de revelar a existência do órgão, curiosamente ameaçador, o clítoris. Essa pequena protuberância, tão inteligentemente – embora subliminarmente – celebrada com o botão de rosa, no topo dos arcos góticos, é o único órgão humano cuja função é “unicamente” a de dar prazer.
As implicações desse facto são, e sempre foram, enormes e estão no âmago de toda a supressão patriarcal, por um lado, e de todos os ritos sexuais tântricos e místicos e até culturais – veja-se a mutilação sexual feminina praticada em algumas culturas (excisão) - por outro. O clitóris, que ainda hoje não é considerado um tema adequado a discussão, revela que as mulheres se destinavam a ser sexualmente estáticas, talvez ao contrário dos homens, cujo órgão sexual tem a dupla função urinário e reprodutor.
Sinopse. O Segredo dos Templários (Lynn Picknett & Clive Prince)

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