Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

19.12.06

O Pianista...


É uma história recente. Em Abril de 2005 a polícia britânica encontrou um homem a vaguear pelas ruas de uma cidade costeira, todo molhado, como se tivesse saído do mar, vestindo um formal fato preto e uma camisa branca sem qualquer etiqueta de marca.

Não disse uma palavra desde que foi encontrado, mas quando, no hospital para onde foi conduzido, lhe foi dado lápis e papel, ele desenhou a bandeira da Suécia e um piano. Depois de ver o desenho do piano, o pessoal médico no Hospital de Medway, mostrou-lhe o piano da capela do hospital. Para estupefacção geral ele sentou-se e começou a tocar no piano música clássica. Quem era este homem a quem os media passaram a designar por “pianista desconhecido”, nas suas manchetes?

O mistério desvenda-se meses mais tarde, quando o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha confirma tratar-se de um alemão de 20 anos, da Baviera. O que se julgou ser um grave caso de amnésia era, afinal, «uma farsa».

Relata o Daily Mirror que em determinada altura o indivíduo, louro, com quase dois metros de altura, quando uma enfermeira entrou no quarto do suposto pianista amnésico e lhe perguntou: - «É hoje que vai falar connosco?» reagiu inesperadamente dizendo, em bom inglês: -«Sim, acho que vou fazer isso», deixando atónito o pessoal do hospital britânico.

Durante vários meses, médicos e investigadores tentaram, sem êxito, descobrir a identidade do pianista, que parecia mentalmente perturbado. Chegou a dizer-se que era um náufrago que conseguiu dar à costa mas ficou em estado de choque. Noutras versões, constou tratar-se de um músico checo, ou de um músico de rua francês, mas todas as pistas se revelaram falsas.

Por fim, tudo indica que se tratava de um farsante, que se serviu da sua experiência profissional com doentes psíquicos para imitar algumas formas de comportamento e enganar toda a gente, incluindo dois famosos psiquiatras.

Quando a polícia o encontrou, a 07 de Abril, numa praia da Grã-Bretanha, com o fato todo encharcado, tinha acabado de fazer uma tentativa de suicídio, e por isso não queria falar com ninguém. Tinha chegado ali da forma mais normal do mundo, com o comboio Euro-Star, e não por causa de um barco que naufragou.

Foi então que resolveu manter o silêncio, mesmo depois de ter sido examinado por vários médicos, escreve o jornal britânico, contrariando também a versão de que o homem é um excelente pianista. Na altura ele limitara-se a tocar sempre nas mesmas teclas, o que poderá ter sido mal entendido por alguns leigos.

Este caso deslindou-se. O mesmo não aconteceu com um outro ocorrido na Alemanha, de que este aparenta ser um remake e que eu conto noutra posta, mais adiante…

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