Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

2.11.06

Opus Dei - Em nome de Deus e do Dinheiro (1)



Sabia que o festival “Rock in Rio” é uma organização da Opus Dei? Não se preocupe se não sabia. Sobre a Opus Dei (OD) são mais as coisas que se ignoram do que aquelas que se conhecem, para lá do seu perfil público de “prelatura” pessoal do Papa João Paulo II, o que trocado por miúdos, significa que é uma igreja dentro da Igreja Católica, obedecendo directamente ao Papa sem qualquer submissão à hierarquia do Vaticano.
Porque isto aconteceu, é segredo. Secretismo é também uma característica da própria organização religiosa que, tal como algumas suas congéneres, nomeadamente a Maçonaria, preferem auto-definir-se com “discretas”. Têm boas razões para isso, porque a sua influência nas sociedades é inimaginável.

A fachada da OD é a que seria de esperar: um movimento que segue “uma via de conduta que passa pela santificação do trabalho quotidiano”. Se fosse só isto, eu nem teria começado a escrever sobre a auto-designada “Obra”. Mas, ao que parece, por detrás desta fachada, há todo um mundo complicado, de que pouco a pouco se vão conhecendo certas evidências, que têm a ver com dinheiro, muito dinheiro, logo, um imenso poder. O seu objectivo principal consiste em infiltrar o mundo do trabalho, especialmente os centros de poder político e as grandes empresas públicas e privadas, com indivíduos totalmente fiéis à Opus Dei, e comungando na ideologia ultra-conservadora desta seita.

A OD é criada em 1982. A partir daí a sua influência e poder dentro das rígidas estruturas do Vaticano é crescente. O auge desse poderio interno ocorre, por coincidência, no mesmo ano em que a riquíssima seita alegadamente, terá transferido quase mil milhões de dólares para o Banco do Vaticano - piedosamente designado de IOR (Instituto do Vaticano para as Obras Religiosas) - salvando-o de uma situação de bancarrota. Estranheza e suspeição causaram também em diversos meios religiosos e laicos, a decisão de João Paulo II de dar luz verde à turbo-canonização do fundador da OD, numa viagem rápida para a santidade, um processo que em regra se arrasta por mais de um século e que para José Maria Escrivá, demorou uns meros vinte anos.

A Opus Dei alargou enormemente o seu poder após a nomeação de Karol Wojtyla - o seu candidato como Papa. Efectivamente, o banco central do Vaticano, colaborara estreitamente com um certo Banco Ambrosiano durante os anos 70. O Ambrosiano assegurava o financiamento da Igreja Católica, da Democracia Cristã italiana, e do sindicato polaco Solidariedade. continua …

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