Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

29.10.06

Quando a Esquerda se Engana (2)



Uma escola neutra ou empenhada?
…continuado
É verdade que alguns destes princípios foram adoptados (e adaptados) pelas esquerdas. Os republicanos, muitos socialistas e os comunistas também pretenderam, se é que ainda não pretendem, cultivar uma escola "empenhada", mas orientada, evidentemente, para a República, a democracia e o socialismo.

Historicamente, tanto a direita como a esquerda condenam e lutam contra a "neutralidade da escola", só que com valores opostos. Todavia, apesar de algumas semelhanças, os valores da esquerda são, tradicionalmente, muito diferentes dos da direita.

Convém enumerar, simplificando, algumas dessas crenças. A educação permitiria lutar contra as desigualdades sociais, tornando mais fácil a mobilidade e a ascensão, mas sobretudo a igualdade. A educação seria uma exigência que precede o desenvolvimento. Noutras palavras, não haveria desenvolvimento sem educação prévia; ou então, mais simplesmente, a educação seria um factor de desenvolvimento. Com a educação, com uma "nova escola", seria possível eliminar os factores de "reprodução social" da ordem vigente e de domínio cultural e político das classes burguesas.

As "novas" políticas de educação, populares e socialmente igualitárias, seriam condição necessária para promover e desenvolver a "inteligência social", para elevar o nível cultural das massas e para contribuir para a libertação das classes trabalhadoras, além de que seriam factor indispensável para desenvolver as forças produtivas.

Para que tudo isto seja possível, necessário se torna que a educação seja a prioridade política absoluta, indiscutível, o que se traduz nas leis, nos orçamentos, nos vencimentos dos professores, nos investimentos públicos e nos recursos em pessoal. Em função desse objectivo, dever-se-ia gerar um "consenso nacional", interpartidário, duradouro, tão vasto quanto possível, a fim de evitar "guinadas" bruscas e mudanças de rumo políticas, tão prejudiciais para a harmonia escolar e educativa. Continua …
Sinopse. Fonte: Texto de António Barreto

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Pois é ... eu também pensava que o saber e o conhecimento que a escola transmite, bastava ser rigoroso, ojectivo e obviamente equidistante de correntes de pensamento, para ser de qualidade.
Nem todos o entendem assim e pelos vistos acham que as aulas deviam terminar com uns "vivas" a qualquer ideologia em moda. Maneiras de ver..

Suzana M.

30/10/06 10:38  
Anonymous Anónimo disse...

Concordo com você, Suzana e tenho a acrescentar que os métodos fossem mantidos e aprimorados. O grande problema para quem transmite conhecimentose a mudança brusca dos objetivos. Há necessidade imperiosa de que " sejam equidistantes de correntes " o que na verdade em muitas e muitas décadas não se chegou a um denominador comum.
Sonynha

31/10/06 07:43  

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