Close-Up: A Agressividade
Não existe um consenso sobre a definição e até mesmo a origem da agressividade, para além de que é um impulso básico no ser humano, mas daí, não vem mal ao mundo; a agressividade é, pelo contrário, um pressuposto da existência de mecanismos de auto-defesa e de auto-estima, e faz parte da condição humana. A humanidade dispõe de vias para canalizar aquele pulsão: a guerra, a cultura e o desporto.
O tipo de estrutura social que temos, não é um sistema obrigatoriamente humano e que talvez remonte aos primórdios da vida sobre a terra. O mais antigo dos nossos antepassados, o australopithecus, já vivia em grupos organizados com base na existência duma “hierarquia”, uma vinculação entre os membros do grupo, uma manifesta “agressividade” contra elementos estranhos e finalmente um espaço definido - o “território”. Nos animais em geral a agressividade tem um papel positivo para sobrevivência da espécie, como o afastamento de competidores e a manutenção do território, e também no homem a agressividade poderia ser orientada para comportamentos socialmente úteis.
Esta noção de “território” e de “agressividade perante estranhos”, é uma herança com milhões de anos de evolução que pode muito bem ser aquilo que alguns chamam talvez com mais propriedade heterofobia e outros mais redutoramente por racismo.
Entre as pessoas que mais estudou a agressividade animal e humana está Konrad Lorenz, prémio Nobel em 1973, que coloca a questão desta forma: “Numa comunidade de animais superiores, a vida organizada não se pode desenrolar sem um princípio de ordem, uma hierarquia social. Nas condições primitivas da selecção natural, a «rejeição do estranho» é uma das outras condições para sobrevivência do grupo: todos os animais e os chimpanzés em especial atacam aquele que entre si acham «diferente» - tal como um macaco atacado de poliomielite e cujo comportamento lhes parece estranho.
No homem a supressão da agressão, levaria muito provavelmente ao desaparecimento do espírito de iniciativa, o espírito de competição, o gosto pelo risco, o sentido da honra. A vontade de realizar e mesmo o dinamismo industrial são, do mesmo modo que a guerra, subprodutos de uma pulsão aguerrida inscrita nas estruturas mais delicadas do organismo. Atacar essa pulsão, equivale a retirar à espécie o seu gosto pela luta, a sua vontade de viver.”
Actualmente, ainda existem dúvidas acerca do impacto da violência veiculada através da televisão e do cinema na sociedade ocidental. Alguns especialistas julgam que esse tipo de exposição poderá aumentar a propensão da audiência a desenvolver algum tipo de agressividade subsequente na vida real. Além disso, as taxas de criminalidade e violência parecem também estar relacionadas com a programação da TV.
O tipo de estrutura social que temos, não é um sistema obrigatoriamente humano e que talvez remonte aos primórdios da vida sobre a terra. O mais antigo dos nossos antepassados, o australopithecus, já vivia em grupos organizados com base na existência duma “hierarquia”, uma vinculação entre os membros do grupo, uma manifesta “agressividade” contra elementos estranhos e finalmente um espaço definido - o “território”. Nos animais em geral a agressividade tem um papel positivo para sobrevivência da espécie, como o afastamento de competidores e a manutenção do território, e também no homem a agressividade poderia ser orientada para comportamentos socialmente úteis.
Esta noção de “território” e de “agressividade perante estranhos”, é uma herança com milhões de anos de evolução que pode muito bem ser aquilo que alguns chamam talvez com mais propriedade heterofobia e outros mais redutoramente por racismo.
Entre as pessoas que mais estudou a agressividade animal e humana está Konrad Lorenz, prémio Nobel em 1973, que coloca a questão desta forma: “Numa comunidade de animais superiores, a vida organizada não se pode desenrolar sem um princípio de ordem, uma hierarquia social. Nas condições primitivas da selecção natural, a «rejeição do estranho» é uma das outras condições para sobrevivência do grupo: todos os animais e os chimpanzés em especial atacam aquele que entre si acham «diferente» - tal como um macaco atacado de poliomielite e cujo comportamento lhes parece estranho.
No homem a supressão da agressão, levaria muito provavelmente ao desaparecimento do espírito de iniciativa, o espírito de competição, o gosto pelo risco, o sentido da honra. A vontade de realizar e mesmo o dinamismo industrial são, do mesmo modo que a guerra, subprodutos de uma pulsão aguerrida inscrita nas estruturas mais delicadas do organismo. Atacar essa pulsão, equivale a retirar à espécie o seu gosto pela luta, a sua vontade de viver.”
Actualmente, ainda existem dúvidas acerca do impacto da violência veiculada através da televisão e do cinema na sociedade ocidental. Alguns especialistas julgam que esse tipo de exposição poderá aumentar a propensão da audiência a desenvolver algum tipo de agressividade subsequente na vida real. Além disso, as taxas de criminalidade e violência parecem também estar relacionadas com a programação da TV.
1 Comentários:
" No homem a supressão da agressão, levaria muito provavelmente ao desaparecimento do espírito de iniciativa, o espírito de competição, o gosto pelo risco, o sentido da honra."
Quem convive com esse tipo de pessoa realmente tem mil motivos para se desencantar da espécie!
Ainda bem que o bom senso nos permite separar " o joio do trigo"
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