Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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Localização: Covilhã, Portugal

A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

14.9.08

Teorias e Nariz de Pinóquio

“A partir do segundo desmentido oficial, a coisa pode ser dada como certa”. É uma norma que os diplomatas mais experientes seguem há muito tempo. Sempre que uma revelação política mais escaldante surge, um Governo imediatamente desmente. Se as evidências do acontecimento se acumulam, surge um segundo desmentido. E este, em regra, abre mais portas ao esclarecimento aprofundado, do que aquelas que fecha.

Já lá vão os tempos em que as versões oficiais dos factos políticos, tinham um peso determinante e colocavam um ponto final nas questões. A investigação, numa óptica independente, contraditória e perseguindo o apuramento real dos factos  começou, como lhe competia, pela imprensa. A par foram surgindo investigações de outras fontes, de outros quadrantes da sociedade.

Com o tempo, as verdades oficiais deixaram de ter o peso absoluto de outros tempos e, passaram a ter um peso mais relativo, quando não uma credibilidade próxima da que é atribuída ao boneco Pinóquio, nas alturas em que o nariz lhe começa a crescer.

O Poder, e os que lhe estão numa proximidade dependente, encararam esta realidade e contra-atacaram a fundo os críticos das suas verdade oficiais. Numa primeira fase, desacreditando-os e, através dos seus múltiplos canais de comunicação, propagando a ideia de que toda a crítica factual a acontecimentos históricos importantes, divergente da versão oficial, era “Teoria da Conspiração”. 

É imaginativa a estratégia. Evita a obrigação de rebater e desmentir factualmente os argumentos e evidências dos críticos, caso a caso. O rótulo de “teorias da conspiração” funciona como uma espécie de ferramenta universal para desacreditar e desactivar os inconformismos.

Mas, face a alguns eventos supostamente históricos, a teimosia crítica e discordante de alguma investigação mais obstinada, manteve-se, e angariou, a níveis preocupantes para o Poder, novos insatisfeitos com as verdades oficiais.

Aí, o Poder, quando dominado por sectores a quem mais incomodavam as dúvidas dos analistas e historiadores, teve que perder o verniz e recorreu – tal como na Idade Média – à imposição de dogmas, remetendo os ímpios e descrentes, agora já não para as fogueiras, mas para o rigor de Códigos Penais, adaptados para punir o “crime da descrença”.

E então, passou a ser punível com prisão efectiva - até 20 anos na Áustria, com tempos de encarceramento menores mas sempre elevados, na Alemanha e noutros países, e, ao que parece, dentro em breve em toda a União Europeia – a “heresia” histórica de “por em dúvida” a existência de um “holocausto”, ou mesmo uma “solução final” para os judeus na Alemanha em plena II Guerra Mundial, criticar o expansionismo e hegemonia mundial do Sionismo.

Felizmente estou em Portugal, onde estas questões ainda não se colocam de uma forma violenta. Assiste-se apenas ao espectáculo burlesco, de ver alguns políticos em cerimoniais de “pedido de desculpa aos judeus” pela expulsão de D.Manuel (mas não aos “mouros” também expulsos por outros monarcas) e coisas assim. Nada preocupante. Por enquanto. Digo eu ...     

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