Balada para D.Quixote

Um olhar de viajante na última carruagem do último combóio de uma Memória intemporal.

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A generalidade daquilo que você (e eu) julgamos saber, pode estar errado, porque, em regra, assenta em «informação» com falta de rigor e imparcialidade, vinda de quem interessa formatar a nossa mente. Pense você mesmo! Eu faço-o!

30.12.06

Economia e Valor


O conceito de valor, base da economia, é uma das ideias mais subtis e traiçoeiras da história da ciência. Foram precisos mais de cem anos, até fins do século XIX, para se definirem os seus verdadeiros contornos e mesmo hoje muitos dos que se dizem economistas continuam sem a apreender.
Porque aquilo que dá valor a uma coisa não é o seu volume ou peso, a quantidade de esforço nela incorporado, o montante de capital envolvido ou a elaboração técnica da sua produção.
O valor depende exclusivamente da utilidade que o público decide atribuir-lhe, do capricho do consumidor.
Pode ser algo rudimentar ou fortuito, uma mania passageira ou mesmo prejudicial, mas o valor advém apenas do que desejam as pessoas. Pagam-se milhões por telas pintadas há centenas de anos ou peças velhas de colecção. Simples pedras, como os diamantes, estão entre as coisas mais caras do mundo. Uma fama passageira dá fortunas a cantores e romancistas, até a moda mudar. A heroína e o haxixe valem muito mais que os medicamentos. O valor é o que a gente quer que seja.

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