Porque se quer eliminar a família? - Opiniões
«A família foi um dos alvos mais importantes desta nova "cultura". A verbalização do primeiro ataque limitou-se à substituição do singular pelo plural: famílias. Ficou estabelecido que era politicamente incorrecto o singular, pois tal seria a negação ou a recusa do reconhecimento de outras realidades igualmente dignas de atenção: a família nuclear, a família alargada, a família mono parental, as uniões de facto, etc...»
«Se virmos bem, ninguém hoje ataca a família. O que atacam é a “opressão da mulher”, a prisão cultural do matrimónio, a intolerância para com a homossexualidade e a promoção de novas variantes familiares, em detrimento da família tradicional».
«...neste ambiente em que os netos deixaram de ter avós - relegados para asilos e lares de idosos - para os ouvir e lhes contar histórias, em que os filhos deixaram de ter em casa a figura tutelar da mãe “dona de casa”, em que as casas deixaram de ser sítios onde se vive e passaram a ser locais onde se dorme apenas, onde os membros da família deixaram praticamente de comunicar entre si para se relacionarem com um aparelho de TV, é natural que as pessoas não se sintam felizes».
«...As novas categorias apareciam como conquistas dos tempos modernos e a família, a tal, passou a ser referida como a "tradicional", uma espécie residual em vias de extinção. E como este era o discurso dominante, quase ninguém exprimiu a dúvida pertinente quanto aos benefícios destas conquistas».
1 Comentários:
A família ainda é - e quero crer que não deixará de ser - o lugar privilegiado de crescimento, desenvolvimento de valores, afetos e emoções responsáveis por estruturar os indivíduos e, por fim, da sociedade. Mas, isso não pode significar apenas alegrias, prazeres saudáveis ou amor eterno. Sendo fiel ao conceito de desconstrução do filósofo Derrida, é preciso ver o inverso inerente a todo conceito ou realidade da existência humana. Onde há amor, existe como correlato negativo e positivador, o ódio; onde há afeto há violência, onde há carinho há negação de existência, onde há idealização há negação e morte.
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