Mouros, Cristãos e Sexos
A natureza tem horror ao vazio. Também a "mídia". Para esta um ambiente em que impere o vazio informacional, é potencialmente letal, e estimula o seu instinto de sobrevivência. Talvez por isso, continua a a rodear-se de equívocos a discussão sobre se, em geral, a grande "mídia" se limita a relatar os acontecimentos, ou se, por ínvios caminhos, participa activamente na génese e ocorrência dos mesmos, para os poder posteriormente relatar em “timming” privilegiado. Um pouco da lógica subjacente ao do “bombeiro pirómano”.
As guerras recorrentes que os EUA e os seus mordomos ingleses vêm fazendo no médio oriente, estão exaustas em termos mediáticos. Israel e os palestinianos estão a tornar-se uma espécie de história interminável, repetitiva e que vende mal.
Ainda o que vai dando, e a "mídia" explora exaustivamente, é o pré-anúncio de uma verdadeira catástrofe civilizacional latente: Os EUA, entenda-se sobretudo a América WASP (white, anglo-saxon and protestant) enfrentam mais uma vez demónios planetários. Desta vez a ameaça vem dos bárbaros provenientes do Islão, que constituem, gorada a pantomina das armas de destruição maciça, o eixo do mal para a América WASP e para o mundo, porque só o que é bom para a América é que é bom para o mundo.
Interrogo-me: que será que transformou os árabes, que viveram e conviveram pacificamente durante vários séculos na Europa, que aqui deixaram sinais indeléveis da sua arte, cultura e saber e tradições – nas bestas negras nos nossos dias? A religião, o petróleo, a indiferença perante a sacrossanta democracia, a rejeição da Coca-Cola, a acção dos extremistas de qualquer dos lados? Acho que não.
Aquilo que de mais concreto separa – e paradoxalmente aproxima ambas as concepções de vida e de sociedade, daí a sua mútua rejeição – é um fundamentalismo, fanático, exagerado como compete a qualquer fundamentalismo -, sobre o papel atribuído às mulheres em qualquer das civilizações. E aí, mais uma vez os campos opostos se encontram: no erro. Ambas estão profundamente erradas.
As guerras recorrentes que os EUA e os seus mordomos ingleses vêm fazendo no médio oriente, estão exaustas em termos mediáticos. Israel e os palestinianos estão a tornar-se uma espécie de história interminável, repetitiva e que vende mal.
Ainda o que vai dando, e a "mídia" explora exaustivamente, é o pré-anúncio de uma verdadeira catástrofe civilizacional latente: Os EUA, entenda-se sobretudo a América WASP (white, anglo-saxon and protestant) enfrentam mais uma vez demónios planetários. Desta vez a ameaça vem dos bárbaros provenientes do Islão, que constituem, gorada a pantomina das armas de destruição maciça, o eixo do mal para a América WASP e para o mundo, porque só o que é bom para a América é que é bom para o mundo.
Interrogo-me: que será que transformou os árabes, que viveram e conviveram pacificamente durante vários séculos na Europa, que aqui deixaram sinais indeléveis da sua arte, cultura e saber e tradições – nas bestas negras nos nossos dias? A religião, o petróleo, a indiferença perante a sacrossanta democracia, a rejeição da Coca-Cola, a acção dos extremistas de qualquer dos lados? Acho que não.
Aquilo que de mais concreto separa – e paradoxalmente aproxima ambas as concepções de vida e de sociedade, daí a sua mútua rejeição – é um fundamentalismo, fanático, exagerado como compete a qualquer fundamentalismo -, sobre o papel atribuído às mulheres em qualquer das civilizações. E aí, mais uma vez os campos opostos se encontram: no erro. Ambas estão profundamente erradas.
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial